O documentário "Narciso Em Férias" (ou "Narcissus Off Duty" como será chamado internacionalmente), será exibido no próximo dia 7 no Festival de Veneza. O filme traz Caetano Veloso relembrando quando, em dezembro de 1968, ele foi encarcerado pelo regime militar, em uma ação que levou também Gilberto Gil para trás das grades. Os dois seriam posteriormente exilados em Londres e só puderam retornar ao Brasil em 1971.
No longa, Caetano relembra os 54 dias em que ficou preso no Rio de Janeiro, incluindo uma semana na solitária, de forma emotiva, e também canta músicas que nasceram dessa experiência, caso de "Terra", que ele gravou em 1978.
"Narciso em Férias" foi dirigido por Renato Terra e Ricardo Calil (que já lidaram com a música brasileira no elogiado "Uma Noite Em 67"). A produção é de Paula Lavigne, mulher e empresária do cantor, e Walter Salles (diretor de "Central do Brasil" e que já havia trabalhado com o baiano em uma série comemorativa pelos seus 50 anos, em 1992).
Falando para a Variety, Caetano conta que, a princípio, o documentário teria várias entrevistas e filmagens em locação, mas que tudo isso mudou depois das duas sessões em que os diretores tomaram o depoimento do artista. "Quando a entrevista terminou, eles concluíram que aquilo era o bastante", revela.
O músico também disse que entendeu que o documentário precisava ser feito como uma resposta á atual situação política do país. "O Brasil tem um governo que diz que a ditadura militar foi uma coisa boa. E eles estão tentando colocá-la sob uma luz positiva. Portanto, é hora de falar sobre aquele período da maneira que faço no filme agora."
A Variety também divulgou, com exclusividade, um trailer do longa que, no Brasil, já teve seus direitos de exibição adquiridos pela Globoplay. Veja:
No longa, Caetano relembra os 54 dias em que ficou preso no Rio de Janeiro, incluindo uma semana na solitária, de forma emotiva, e também canta músicas que nasceram dessa experiência, caso de "Terra", que ele gravou em 1978.
"Narciso em Férias" foi dirigido por Renato Terra e Ricardo Calil (que já lidaram com a música brasileira no elogiado "Uma Noite Em 67"). A produção é de Paula Lavigne, mulher e empresária do cantor, e Walter Salles (diretor de "Central do Brasil" e que já havia trabalhado com o baiano em uma série comemorativa pelos seus 50 anos, em 1992).
Falando para a Variety, Caetano conta que, a princípio, o documentário teria várias entrevistas e filmagens em locação, mas que tudo isso mudou depois das duas sessões em que os diretores tomaram o depoimento do artista. "Quando a entrevista terminou, eles concluíram que aquilo era o bastante", revela.
O músico também disse que entendeu que o documentário precisava ser feito como uma resposta á atual situação política do país. "O Brasil tem um governo que diz que a ditadura militar foi uma coisa boa. E eles estão tentando colocá-la sob uma luz positiva. Portanto, é hora de falar sobre aquele período da maneira que faço no filme agora."
A Variety também divulgou, com exclusividade, um trailer do longa que, no Brasil, já teve seus direitos de exibição adquiridos pela Globoplay. Veja: