Ana Paula, que conduzia uma entrevista, afirmou que a doença é uma "consequência natural" causada pelo sexo entre dois homens. "Muita gente acha que isso é normal. Isso não é normal. Deus criou o homem e a mulher e é assim que nós cremos. Qualquer outra opção sexual é uma escolha do livre arbítrio do ser humano. E qualquer escolha leva a consequências", disse ela.
"E a Bíblia chama qualquer escolha contrária a que Deus determinou como ideal, como ele nos criou para ser, de pecado. E o pecado tem uma consequência, que é a morte. Inclusive, tudo que é distorcido traz consequência naturalmente, nem é Deus trazendo uma praga ou um juízo, não. Tá aí a Aids, para mostrar que a união sexual entre dois homens causa uma enfermidade que leva à morte, contamina as mulheres, enfim... Não é o ideal de Deus. Sabe qual é a o sexo seguro, que não transmite doença nenhuma? O sexo seguro se chama aliança do casamento", continuou ela.
Veja:
Ana Paula Valadão atribui aos gays a disseminação da AIDS e diz que casais heterossexuais são "imunes", contrariando a ciência e o senso comum. Fé religiosa não é salvo conduto para ser homofóbica, sorofóbica e cometer crimes contra a saúde pública. Precisa ser responsabilizada! pic.twitter.com/tCFdKswoCX
— William De Lucca (@delucca) September 12, 2020
Após o comentário durante o programa, o coordenador e advogado da entidade Aliança Nacional LGBTI+, Marcel Jeronymo, informou que irá processar a cantora por crime de LGBTfobia. "A pastora, ao associar o HIV à comunidade LGBTI, comete o mesmo equívoco daqueles que quiseram ligar a pandemia do coronavirus à China. É crime, vamos representá-la por LGBTFobia, nos termos da decisão do STF", disse ele à Carta Capital.