Existe um dito popular que fala que o "sucesso da noite pro dia pode levar anos". Na música pop isso certamente é verdade. Sim, temos casos de sucesso instantâneo e bandas que, pouco depois de se juntarem, logo atingiram uma quíimica única. Mas há também vários casos de nomes que levaram um tempo até se acharem artística e/ou comercialmente. Esse #TBT mostra alguns destes casos, em uma lista que está longe de ser definitiva e que abre caminho para mais outro especial na mesma linha.

Dave Grohl, alcançou prestígio e fortuna com o Nirvana e o Foo Fighters. Antes disso ele se mostrou um grande espancador de bateria ao tocar hardcore no Scream. O músico tocou durante quatro anos com a banda e gravou um álbum com eles ("No More Censorship", de 1988). Dois anos depois, ele recebeu o convite de Kurt Cobain para se juntar ao Nirvana e sua vida nunca mais foi a mesma.

O álbum "Fumble" saiu em 1993 com gravações feitas quatro anos antes. Como curiosidade ele traz "Gods Look Down", a estreia dele como vocalista.





Seguindo no mundo do grunge, o Green River foi a semente do Pearl Jam (Stone Gossard e Jeff Ament começaram a carreira aqui) e do Mudhoney (o vocalista Mark Arm e o guitarrista Steve Turner, que ficou pouco tempo com eles, também). O EP de estreia da banda, "Come On Down" (1985), é considerado o primeiro da história do grunge.




Foi no Kyuss, que Josh Homme, do Queens Of The Stone Age, mostrou que desde adolescente era um guitarrista único. A banda fazia, nos anos 90, um som pesado, poderoso e que se mostrou bastante influente no futuro.



Antes de virar um dos DJs mais famosos do planeta, Norman Cook, o Fatboy Slim, tocava baixo nos Housemartins. A banda fez sucesso com o público indie na Inglaterra e estourou no Brasil em 1988, com o "melô do papel" ("Build"), quando o grupo já havia acabado:



Katy Perry não nasceu pronta para o sucesso. Antes de virar uma das maiores estrelas do século 21, ela gravou, sem muito sucesso, um disco com canções gospel como Katy Hudson:



Segundo se conta, Bon Scott, o vocalista original do AC/DC, disse que caso um dia a banda precisasse substituí-lo, eles deveriam procurar Brian Johnson, o vocalista da banda de hard rock e glam Geordie. Scott morreu em 1979 e os irmãos Young seguiram o seu conselho. Johnson se juntou aos australianos no ano seguinte para gravar o clássico "Back In Black", e, com alguns acidentes no percurso, ainda está no grupo.



O Samson era uma das bandas mais fortes da chamada New Wave Of British Heavy Metal, graças, especialmente, ao forte alcance vocal de seu vocalista Bruce Dickinson (e também por terem um baterista que se apresentava mascarado dentro de uma jaula.

Steve Harris, o líder do Iron Maiden, sentiu que aquele cantor, de grande versatilidade, poderia levar a banda a um outro patamar e fazer coisas que Paul Di'Anno, o vocalista dos dois primeiros álbuns da banda, não conseguiria. Aí, foi só uma questão de tempo para o Samson perder seu vocalista e Dianno perder seu posto em uma das maiores bandas de metal da história.



O Hawkwind, que ainda segue na ativa, atraía um grande público para seus shows na primeira metade dos anos 70 com seu "space rock", perfeito para curtir "viagens" diversas. O baixista da banda era Lemmy Kilmister, que exagerava tanto no uso de "aditivos químicos" que, mesmo naquele meio, eram tidos como além do tolerável. Resultado, ele acabou sendo expulso do grupo.

A saída acabou se mostrando benéfica, já que ele montaria o Motörhead, verdadeira instituição da música pesada planetária. Lemmy seguiu vivendo de seu jeito e morreu em 2015, aos 70 anos.



Adam Levine, Jesse Carmichael... estamos falando do Maroon 5 né? Não necessariamente. Antes de virar uma das maiores bandas de pop/rock do planeta, seus principais integrantes tocavam um rock de pegada mais alternativa, com muita influência de power pop, com o Kara's Flowers - quem curte sons nessa pegada certamente irá achar o álbum deles uma grande surpresa.



Encerramos essa viagem aqui mesmo pelo Brasil, com o som progressivo do Vímana que só lançou um compacto, e deixou um álbum até hoje inédito. Da banda saíram três dos grandes astros do rock e pop brasileiros: Lulu Santos, Lobão e Ritchie.