Paul McCartney falou sobre o fim dos Beatles em uma nova entrevista ao "This Cultural Life", da BBC Radio 4. O programa irá ao ar apenas no dia 23 de outubro, mas alguns trechos da conversa já foram divulgados pelo jornal The Guardian nesta semana.
Sobre o assunto, McCartney relembra que, desde que a banda acabou, ele lida com acusações de que também teria causado o fim, após responder a pergunta de um jornalista afirmando que os Beatles não existiam mais. O baixista, então, contou mais detalhes e voltou a esclarecer que a ideia partiu de John Lennon. "Eu não instiguei a separação. O nosso Johnny fez isso", disse ele.
A confusão sobre quem causou a separação teria começado após o novo empresário do grupo, Allen Klein, pedir a todos os membros que não comentassem o assunto enquanto ele fechava alguns negócios. Insatisfeito com o que estava acontecendo, Paul acabou sendo o primeiro a falar sobre a situação em uma entrevista, o que teria lhe atribuído parte da culpa. "Por alguns meses, tivemos que fingir", explicou. "Foi estranho porque todos nós sabíamos que era o fim dos Beatles, mas não podíamos simplesmente ir embora."
Ao ser questionado sobre sua decisão de ter seguido carreira solo, ele continuou: "Pare por aí. Eu não fui a pessoa que instigou a separação. Oh, não, não, não. O John entrou em uma sala um dia e disse que estava deixando os Beatles. Isso é instigar a separação ou não?"
Na conversa, o músico também afirmou que este foi o "período mais difícil de sua vida", citando que, mesmo após 8 anos juntos, os quatro integrantes ainda estavam criando e trabalhando em material de qualidade. "Essa era a minha banda, era o meu trabalho, era a minha vida, então eu queria que continuasse".
"A questão é que John estava começando uma nova vida com Yoko. John sempre quis se libertar da sociedade porque, você sabe, ele foi criado por sua tia Mimi, que era bastante repressiva, então ele estava sempre procurando se libertar", acrescentou.
Paul McCartney também comentou que a atmosfera da banda sob a influência de Klein havia mudado bastante e que o fim parecia inevitável, principalmente após a decisão de Lennon de querer passar uma semana na cama, em Amsterdã, em protesto contra a guerra do Vietnã. "Por volta daquela época, estávamos tendo pequenas reuniões e era horrível. Era o oposto do que éramos. Éramos músicos e não gente de negócios."
Sobre envolver os seus advogados na questão, ele completa que a intenção era defender o legado da banda: "Eu tinha que lutar e a única forma de lutar era processar os outros Beatles, porque eles estavam seguindo o Klein. E eles me agradeceram anos depois por isso. Mas eu não instiguei a separação. Isso foi o Johnny chegando um dia e dizendo, 'Estou deixando o grupo'".
A entrevista de McCartney chegará completa pouco antes do lançamento do documentário "The Beatles: Get Back", dirigido por Peter Jackson e previsto para estrear na Disney+ no dia 25 de novembro. O material inédito sobre as sessões de "Let It Be" contará com 6 horas de duração e será dividido em 3 episódios.
Sobre o assunto, McCartney relembra que, desde que a banda acabou, ele lida com acusações de que também teria causado o fim, após responder a pergunta de um jornalista afirmando que os Beatles não existiam mais. O baixista, então, contou mais detalhes e voltou a esclarecer que a ideia partiu de John Lennon. "Eu não instiguei a separação. O nosso Johnny fez isso", disse ele.
A confusão sobre quem causou a separação teria começado após o novo empresário do grupo, Allen Klein, pedir a todos os membros que não comentassem o assunto enquanto ele fechava alguns negócios. Insatisfeito com o que estava acontecendo, Paul acabou sendo o primeiro a falar sobre a situação em uma entrevista, o que teria lhe atribuído parte da culpa. "Por alguns meses, tivemos que fingir", explicou. "Foi estranho porque todos nós sabíamos que era o fim dos Beatles, mas não podíamos simplesmente ir embora."
Ao ser questionado sobre sua decisão de ter seguido carreira solo, ele continuou: "Pare por aí. Eu não fui a pessoa que instigou a separação. Oh, não, não, não. O John entrou em uma sala um dia e disse que estava deixando os Beatles. Isso é instigar a separação ou não?"
Na conversa, o músico também afirmou que este foi o "período mais difícil de sua vida", citando que, mesmo após 8 anos juntos, os quatro integrantes ainda estavam criando e trabalhando em material de qualidade. "Essa era a minha banda, era o meu trabalho, era a minha vida, então eu queria que continuasse".
"A questão é que John estava começando uma nova vida com Yoko. John sempre quis se libertar da sociedade porque, você sabe, ele foi criado por sua tia Mimi, que era bastante repressiva, então ele estava sempre procurando se libertar", acrescentou.
Paul McCartney também comentou que a atmosfera da banda sob a influência de Klein havia mudado bastante e que o fim parecia inevitável, principalmente após a decisão de Lennon de querer passar uma semana na cama, em Amsterdã, em protesto contra a guerra do Vietnã. "Por volta daquela época, estávamos tendo pequenas reuniões e era horrível. Era o oposto do que éramos. Éramos músicos e não gente de negócios."
Sobre envolver os seus advogados na questão, ele completa que a intenção era defender o legado da banda: "Eu tinha que lutar e a única forma de lutar era processar os outros Beatles, porque eles estavam seguindo o Klein. E eles me agradeceram anos depois por isso. Mas eu não instiguei a separação. Isso foi o Johnny chegando um dia e dizendo, 'Estou deixando o grupo'".
A entrevista de McCartney chegará completa pouco antes do lançamento do documentário "The Beatles: Get Back", dirigido por Peter Jackson e previsto para estrear na Disney+ no dia 25 de novembro. O material inédito sobre as sessões de "Let It Be" contará com 6 horas de duração e será dividido em 3 episódios.