Travis Scott e a produtora Live Nation estão sendo processados após a tragédia no festival "Astroworld", que aconteceu na sexta-feira (5), em Houston, no Texas. O evento, organizado pelo rapper, acabou em tumulto, ocasionando a morte de 8 pessoas e mais de 300 feridos.
De acordo com a People, o processo foi aberto por um dos participantes do show, Manuel Souza, que descreve a tragédia nos documentos como "previsível e evitável", afirmando ter sido motivada "por lucro em detrimento da saúde e da segurança dos espectadores" e por "incentivo à violência".
Souza alega que sofreu "graves lesões corporais quando a multidão descontrolada o jogou no chão e o pisoteou", e está pedindo pelo menos US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 5,54 milhões na cotação do dia) em danos, além de uma ordem de restrição temporária para evitar qualquer destruição de provas.
Ainda segundo os documentos obtidos pela People, o processo detalha o caos após fãs terem violado uma barricada de segurança para se aproximar do palco antes mesmo do início do show, citando que uma mesma situação teria ocorrido no festival Astroworld de 2019, e acrescentando que, mesmo assim, "os réus tomaram a decisão consciente de deixar o show continuar, apesar dos riscos extremos de danos aos espectadores".
Entenda o que aconteceu
Oito pessoas morreram e mais de 300 ficaram feridas após o tumulto que teve início durante o show de Travis Scott, na última sexta-feira (5), no "Astroworld Festival", evento organizado pelo próprio rapper, em Houston, no Texas, para um público de 50 mil espectadores.
De acordo com a imprensa internacional e relatos de fãs que estiveram presentes no local, a confusão teria começado muito antes do início da performance principal, com pessoas violando a barricada de segurança da polícia e avançando sobre áreas reservadas para se aproximar do palco durante todo o evento.
Os shows anteriores aconteceram normalmente, com nomes como Roddy Ricch, Lil Baby e SZA no line-up. No entanto, a situação ficou ainda mais descontrolada quando Travis Scott subiu ao palco e as pessoas começaram a correr para ficarem ainda mais próximas da apresentação do astro.
"A multidão ficou cada vez mais apertada e, naquele ponto, era difícil respirar. Quando Travis apareceu cantando sua primeira música, eu testemunhei pessoas desmaiando ao meu lado", disse um espectador, chamado TK Telles, à CNN. "Estávamos todos gritando por socorro e ninguém nos ajudava ou nos ouvia. Foi horrível. As pessoas gritavam por suas vidas e não podiam sair. Ninguém conseguia mover um músculo".
"Todo mundo estava chorando, foi o som mais assustador que já ouvi", continuou. "O Travis Scott fazia uma parada curta de tempo entre as músicas e nós gritávamos para que alguém pudesse nos ouvir, mas ninguém ouviu. O festival deste ano ficará para sempre comigo. Nunca vi alguém morrer diante dos meus olhos. Foi horrível".
Segundo a imprensa internacional, o rapper parou o show algumas vezes para pedir aos seguranças que ajudassem os fãs, mas sem estar ciente da gravidade da situação, continuou a performance até o fim, que contou também com a presença de Drake.
Algumas pessoas foram levadas para os hospitais ou foram reanimadas no local, enquanto outras sofreram ataques cardíacos fatais, o que levou a polícia à investigação de que uma possível droga estivesse sendo injetada nos espectadores durante o tumulto. Um oficial da segurança afirmou que sentiu uma picada no pescoço durante o caos e que perdeu a consciência, precisando ser reanimado com o uso de Narcan, medicamento que reverte efeitos de opioides.
“A multidão começou a se apertar em direção à frente do palco e isso causou pânico e começou a causar alguns ferimentos. As pessoas começaram a cair e a ficar inconscientes, o que gerou um pânico adicional”, disse o chefe do Corpo de Bombeiros de Houston, Samuel Peña, em uma entrevista coletiva.
Após a tragédia, a produção do Astroworld publicou um nota nas redes sociais, cancelando o festival que também aconteceria no sábado. Leia abaixo:
“Nossos corações estão com as famílias do festival Astroworld, com aqueles que perdemos e seus amados. Estamos focados em colaborar com a polícia local como pudermos. Com isso em mente, o festival não se realizará mais no sábado.
Como as autoridades anunciaram em uma coletiva anteriormente, eles estão investigando a série de ataques cardíacos que foram registrados. Se você tiver alguma informação relevante sobre isto, informe à polícia de Houston.
Obrigado aos nossos 70 parceiros do departamento de bombeiros, de polícia e do NRG Park de Houston pela reação e apoio."
De acordo com a People, o processo foi aberto por um dos participantes do show, Manuel Souza, que descreve a tragédia nos documentos como "previsível e evitável", afirmando ter sido motivada "por lucro em detrimento da saúde e da segurança dos espectadores" e por "incentivo à violência".
Souza alega que sofreu "graves lesões corporais quando a multidão descontrolada o jogou no chão e o pisoteou", e está pedindo pelo menos US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 5,54 milhões na cotação do dia) em danos, além de uma ordem de restrição temporária para evitar qualquer destruição de provas.
Ainda segundo os documentos obtidos pela People, o processo detalha o caos após fãs terem violado uma barricada de segurança para se aproximar do palco antes mesmo do início do show, citando que uma mesma situação teria ocorrido no festival Astroworld de 2019, e acrescentando que, mesmo assim, "os réus tomaram a decisão consciente de deixar o show continuar, apesar dos riscos extremos de danos aos espectadores".
Entenda o que aconteceu
Oito pessoas morreram e mais de 300 ficaram feridas após o tumulto que teve início durante o show de Travis Scott, na última sexta-feira (5), no "Astroworld Festival", evento organizado pelo próprio rapper, em Houston, no Texas, para um público de 50 mil espectadores.
De acordo com a imprensa internacional e relatos de fãs que estiveram presentes no local, a confusão teria começado muito antes do início da performance principal, com pessoas violando a barricada de segurança da polícia e avançando sobre áreas reservadas para se aproximar do palco durante todo o evento.
Os shows anteriores aconteceram normalmente, com nomes como Roddy Ricch, Lil Baby e SZA no line-up. No entanto, a situação ficou ainda mais descontrolada quando Travis Scott subiu ao palco e as pessoas começaram a correr para ficarem ainda mais próximas da apresentação do astro.
"A multidão ficou cada vez mais apertada e, naquele ponto, era difícil respirar. Quando Travis apareceu cantando sua primeira música, eu testemunhei pessoas desmaiando ao meu lado", disse um espectador, chamado TK Telles, à CNN. "Estávamos todos gritando por socorro e ninguém nos ajudava ou nos ouvia. Foi horrível. As pessoas gritavam por suas vidas e não podiam sair. Ninguém conseguia mover um músculo".
"Todo mundo estava chorando, foi o som mais assustador que já ouvi", continuou. "O Travis Scott fazia uma parada curta de tempo entre as músicas e nós gritávamos para que alguém pudesse nos ouvir, mas ninguém ouviu. O festival deste ano ficará para sempre comigo. Nunca vi alguém morrer diante dos meus olhos. Foi horrível".
Segundo a imprensa internacional, o rapper parou o show algumas vezes para pedir aos seguranças que ajudassem os fãs, mas sem estar ciente da gravidade da situação, continuou a performance até o fim, que contou também com a presença de Drake.
Algumas pessoas foram levadas para os hospitais ou foram reanimadas no local, enquanto outras sofreram ataques cardíacos fatais, o que levou a polícia à investigação de que uma possível droga estivesse sendo injetada nos espectadores durante o tumulto. Um oficial da segurança afirmou que sentiu uma picada no pescoço durante o caos e que perdeu a consciência, precisando ser reanimado com o uso de Narcan, medicamento que reverte efeitos de opioides.
“A multidão começou a se apertar em direção à frente do palco e isso causou pânico e começou a causar alguns ferimentos. As pessoas começaram a cair e a ficar inconscientes, o que gerou um pânico adicional”, disse o chefe do Corpo de Bombeiros de Houston, Samuel Peña, em uma entrevista coletiva.
Após a tragédia, a produção do Astroworld publicou um nota nas redes sociais, cancelando o festival que também aconteceria no sábado. Leia abaixo:
“Nossos corações estão com as famílias do festival Astroworld, com aqueles que perdemos e seus amados. Estamos focados em colaborar com a polícia local como pudermos. Com isso em mente, o festival não se realizará mais no sábado.
Como as autoridades anunciaram em uma coletiva anteriormente, eles estão investigando a série de ataques cardíacos que foram registrados. Se você tiver alguma informação relevante sobre isto, informe à polícia de Houston.
Obrigado aos nossos 70 parceiros do departamento de bombeiros, de polícia e do NRG Park de Houston pela reação e apoio."
— ASTROWORLD FEST (@astroworldfest) November 6, 2021