O rock pode até estar sendo preterido no gosto dos ouvintes em relação aos gêneros mais populares do momento, mas isso não significa que boas bandas não estejam surgindo, ou alcançando um público maior depois de algum tempo. Abaixo listamos cinco que chamaram a atenção do público mais atento às novidades e da crítica em 2021.
Em comum elas mostram uma predileção pelo experimentalismo e a energia e rejeitam alguns dos clichês do estilo - não espere ouvir desses grupos músicas com cara de hino para entoar a plenos pulmões em festivais e estádios. Todas também se mostram fãs de um uso longe do comum dos vocais, seja de forma mais "falada", gritada, ou as duas coisas ao mesmo tempo mesmo e estão abertas para absorver muitas influências, seja o funk, jazz, hardcore ou pós-punk. Confira:
Squid
Esses ingleses, da cidade litorânea de Brighton, surpreenderam com "Bright Green Field", seu disco de estreia lançado depois de uma série de singles e EPs. Eles gravam pela WARP, selo mais identificado com a música eletrônica de vanguarda, e fazem um som com muita influência do pós-punk inglês do fim da década de 70. O álbum apareceu em destaque em várias listas de melhores de 2021, incluindo as das revistas Mojo e Uncut e a de sites como o All Music Guide. A cultuada revista francesa Les Inrockuptibles foi além e nomeou-o o grande álbum do ano.
Wet Leg
Aqui já nos antecipamos um pouco e mostramos uma banda que, certamente, vai fazer muito barulho no ano que vem. Formado pelas jovens Rhian Teasdale e Hester Chambers, mais três músicos acompanhantes, o Wet Leg começou a gravar há pouquíssimo tempo. Até o momento, elas só lançaram quatro músicas, mas já são vistas como uma grande promessa com seu indie rock com cara de anos 90 e canções que ficam na cabeça depois de algumas audições.
"Chaise Longue", com sua letra discursiva, irônica e cheia de nonsense ("o seu muffin está com manteiga? Você gostaria de designar alguém para colocar manteiga no seu muffin?") cativou críticos e público - no Spotify ela passou dos 5 milhões de audições. Os outros singles mantiveram o bom nível e faz crer que o disco de estreia, que sai em abril, vai fazer bastante sucesso.
Turnstile
Fazendo um hardccore à moda antiga, mas nunca engessado, o Turnstile foi a grande sensação deste ano graças aos seus shows de clima caótico e ao interessantíssimo álbum "Glow On",que marcou forte presença nas principais listas de melhores do ano. Ao contrário dos outros citados nesse texto, eles já podem ser considerados "veteranos", com mais de dez anos de formação e três discos de estúdio. Prova que ainda é possível amadurecer musicalmente e conquistar gradualmente o público e a crítica. A banda virá ao Brasil ano que vem para o Lollapalooza e, podem apostar, irão surpreender.
Dry Cleaning
Entre as novas bandas mais elogiadas do ano, esses quatro ingleses também bebem na, aparentemente infindável, fonte do pós-punk. Os vocais falados de Florence Shaw são o grande destaque, que se ajustam perfeitamente à cama instrumental criada por seus três parceiros. "New Long Leg" saiu pelo cultuado selo 4AD, foi coberto de elogios pela imprensa e, de quebra, chegou no top 5 inglês.
Black Country New Road
Esse septeto britânico foi uma das gratas surpresas de 2021. Formado por músicos muito jovens, com uma saxofonista e uma violinista no lineup, eles fazem um som de difícil classificação, de forma que o melhor é ouvi-los e se deixar levar pelas longas,e experimentais, canções presentes em "For the First Time". Bastante prolíficos, os sete já gravaram um sucessor que vai sair, quase que literalmente, um ano depois de seu disco de estreia (em 4 de fevereiro próximo). A se julgar pelo single "Concorde" o BCNR já está soando totalmente diferente, mas ainda inspiradores - seriam eles os novos "camaleões" do rock?
Em comum elas mostram uma predileção pelo experimentalismo e a energia e rejeitam alguns dos clichês do estilo - não espere ouvir desses grupos músicas com cara de hino para entoar a plenos pulmões em festivais e estádios. Todas também se mostram fãs de um uso longe do comum dos vocais, seja de forma mais "falada", gritada, ou as duas coisas ao mesmo tempo mesmo e estão abertas para absorver muitas influências, seja o funk, jazz, hardcore ou pós-punk. Confira:
Squid
Esses ingleses, da cidade litorânea de Brighton, surpreenderam com "Bright Green Field", seu disco de estreia lançado depois de uma série de singles e EPs. Eles gravam pela WARP, selo mais identificado com a música eletrônica de vanguarda, e fazem um som com muita influência do pós-punk inglês do fim da década de 70. O álbum apareceu em destaque em várias listas de melhores de 2021, incluindo as das revistas Mojo e Uncut e a de sites como o All Music Guide. A cultuada revista francesa Les Inrockuptibles foi além e nomeou-o o grande álbum do ano.
Wet Leg
Aqui já nos antecipamos um pouco e mostramos uma banda que, certamente, vai fazer muito barulho no ano que vem. Formado pelas jovens Rhian Teasdale e Hester Chambers, mais três músicos acompanhantes, o Wet Leg começou a gravar há pouquíssimo tempo. Até o momento, elas só lançaram quatro músicas, mas já são vistas como uma grande promessa com seu indie rock com cara de anos 90 e canções que ficam na cabeça depois de algumas audições.
"Chaise Longue", com sua letra discursiva, irônica e cheia de nonsense ("o seu muffin está com manteiga? Você gostaria de designar alguém para colocar manteiga no seu muffin?") cativou críticos e público - no Spotify ela passou dos 5 milhões de audições. Os outros singles mantiveram o bom nível e faz crer que o disco de estreia, que sai em abril, vai fazer bastante sucesso.
Turnstile
Fazendo um hardccore à moda antiga, mas nunca engessado, o Turnstile foi a grande sensação deste ano graças aos seus shows de clima caótico e ao interessantíssimo álbum "Glow On",que marcou forte presença nas principais listas de melhores do ano. Ao contrário dos outros citados nesse texto, eles já podem ser considerados "veteranos", com mais de dez anos de formação e três discos de estúdio. Prova que ainda é possível amadurecer musicalmente e conquistar gradualmente o público e a crítica. A banda virá ao Brasil ano que vem para o Lollapalooza e, podem apostar, irão surpreender.
Dry Cleaning
Entre as novas bandas mais elogiadas do ano, esses quatro ingleses também bebem na, aparentemente infindável, fonte do pós-punk. Os vocais falados de Florence Shaw são o grande destaque, que se ajustam perfeitamente à cama instrumental criada por seus três parceiros. "New Long Leg" saiu pelo cultuado selo 4AD, foi coberto de elogios pela imprensa e, de quebra, chegou no top 5 inglês.
Black Country New Road
Esse septeto britânico foi uma das gratas surpresas de 2021. Formado por músicos muito jovens, com uma saxofonista e uma violinista no lineup, eles fazem um som de difícil classificação, de forma que o melhor é ouvi-los e se deixar levar pelas longas,e experimentais, canções presentes em "For the First Time". Bastante prolíficos, os sete já gravaram um sucessor que vai sair, quase que literalmente, um ano depois de seu disco de estreia (em 4 de fevereiro próximo). A se julgar pelo single "Concorde" o BCNR já está soando totalmente diferente, mas ainda inspiradores - seriam eles os novos "camaleões" do rock?