Fontaines D.C., King Gizzard and the Lizard Wizard e os veteranos do Spiritualized são três bandas que estão com novos, e bons, discos para quem se interessa por rock de pegada mais alternativa que já estão disponibilizados nos serviços de streaming musical.
Os três mostram que ainda existem saídas no mínimo bem interessantes para o gênero e estão colhendo elogios da crítica especializada, e também do público. Ouça abaixo os discos e saiba mais sobre eles.
"Skinty Fia" - Fontaines D.C.
Uma das bandas mais celebradas pela imprensa britânica, ou mesmo a mais incensada, os irlandeses chegam ao seu terceiro trabalho que, está sendo coberto de elogios pelos críticos.
"Skinty Fia", não difere muito dos dois antecessores parece fechar uma trilogia, algo que a própria banda parece concordar. O baixista Conor Deegan disse que seu sonho de adolescência era o de lançar uma sequência de três grandes discos da mesma forma que o Nirvana fez e que, agora que realizou esse sonho, ele não sabe o que vai acontecer daqui pra frente, dando a entender que o som da banda poderá ir para outros caminhos no futuro.
Para quem não conhece, o Fontaines faz um som intenso, com guitarras bem marcadas e vocais que remetem ao lado mais sombrio do pós-punk. Outro diferencial está no fato de todos cinco serem compositores e grandes fãs da boa literatura, como títulos como "Bloomsday" e "Nabokov" deixam claro.
"Skinty Fia" está liderando a corrida pelo topo da parada britânica desta semana e, podem apostar, estará presente com destaque em boa parte das listas de "melhores de 2022" da imprensa especializada.
"Omnium Gatherum" - King Gizzard and the Lizard Wizard
Quem tenta seguir a carreira desses australianos, que deveriam ter tocado no último Lollapalooza, sabe que a tarefa é difícil. Esse é o 20° álbum deles (!) em uma carreira de uma década e o segundo disco que eles lançam em 2022. Se "Made in Timeland", que saiu mês passado, tinha apenas duas músicas de 15 minutos cada, este aqui é bem mais ambicioso, mas também um tiquinho mais "amigável". Claro que atravessar as suas 16 músicas, em 80 minutos, exige uma atenção que a geração TikTok, bem imediatista, parece não ter, mas a dedicação será recompensada ao final .
"Omnium Gatherum" começa com sua faixa mais difícil, "The Dripping Tap", uma viagem, pela psicodelia de garagem que dura 18 minutos. Depois as coisas ficam, mais ou menos normais, com várias faixas com duração "comum". Só não esperem um conjunto de músicas semelhantes entre si. O álbum passeia por estilos dos mais diversos com rap, soft rock, música brasileira, indie rock e até o metal à la Sepultura pipocando. Ou seja, mais um típico trabalho do sexteto e que funciona como uma boa porta de entrada para o universo da banda.
"Everything Was Beautiful" - Spiritualized
Para encerrar, temos o nono álbum do projeto de Jason Pierce que está sendo saudado como seu melhor disco desde o antológico "Ladies And Gentlemen We Are Floating in Space", lançado há 25 anos. Não a toa os dois álbuns têm capas bem semelhantes
Com apenas sete músicas em 44 minutos, um recorde de concisão para os padrões dele, "Everything Was Beautiful" não chega a trazer maiores novidades sônicas para quem acompanha a banda. Estão aqui as influencias de jazz, soul, gospel, rock alemão dos anos 70 e psicodelia e as letras de desamor e sobre drogas.
A diferença está mesmo na qualidade do material, com tudo aqui soando bastante inspirado, especialmente na linda "Let It Bleed (For Iggy)", dedicada a Iggy Pop, um fã declarado, e na épica "I'm Coming Home Again" com encera o disco de forma impactante.
Os três mostram que ainda existem saídas no mínimo bem interessantes para o gênero e estão colhendo elogios da crítica especializada, e também do público. Ouça abaixo os discos e saiba mais sobre eles.
"Skinty Fia" - Fontaines D.C.
Uma das bandas mais celebradas pela imprensa britânica, ou mesmo a mais incensada, os irlandeses chegam ao seu terceiro trabalho que, está sendo coberto de elogios pelos críticos.
"Skinty Fia", não difere muito dos dois antecessores parece fechar uma trilogia, algo que a própria banda parece concordar. O baixista Conor Deegan disse que seu sonho de adolescência era o de lançar uma sequência de três grandes discos da mesma forma que o Nirvana fez e que, agora que realizou esse sonho, ele não sabe o que vai acontecer daqui pra frente, dando a entender que o som da banda poderá ir para outros caminhos no futuro.
Para quem não conhece, o Fontaines faz um som intenso, com guitarras bem marcadas e vocais que remetem ao lado mais sombrio do pós-punk. Outro diferencial está no fato de todos cinco serem compositores e grandes fãs da boa literatura, como títulos como "Bloomsday" e "Nabokov" deixam claro.
"Skinty Fia" está liderando a corrida pelo topo da parada britânica desta semana e, podem apostar, estará presente com destaque em boa parte das listas de "melhores de 2022" da imprensa especializada.
"Omnium Gatherum" - King Gizzard and the Lizard Wizard
Quem tenta seguir a carreira desses australianos, que deveriam ter tocado no último Lollapalooza, sabe que a tarefa é difícil. Esse é o 20° álbum deles (!) em uma carreira de uma década e o segundo disco que eles lançam em 2022. Se "Made in Timeland", que saiu mês passado, tinha apenas duas músicas de 15 minutos cada, este aqui é bem mais ambicioso, mas também um tiquinho mais "amigável". Claro que atravessar as suas 16 músicas, em 80 minutos, exige uma atenção que a geração TikTok, bem imediatista, parece não ter, mas a dedicação será recompensada ao final .
"Omnium Gatherum" começa com sua faixa mais difícil, "The Dripping Tap", uma viagem, pela psicodelia de garagem que dura 18 minutos. Depois as coisas ficam, mais ou menos normais, com várias faixas com duração "comum". Só não esperem um conjunto de músicas semelhantes entre si. O álbum passeia por estilos dos mais diversos com rap, soft rock, música brasileira, indie rock e até o metal à la Sepultura pipocando. Ou seja, mais um típico trabalho do sexteto e que funciona como uma boa porta de entrada para o universo da banda.
"Everything Was Beautiful" - Spiritualized
Para encerrar, temos o nono álbum do projeto de Jason Pierce que está sendo saudado como seu melhor disco desde o antológico "Ladies And Gentlemen We Are Floating in Space", lançado há 25 anos. Não a toa os dois álbuns têm capas bem semelhantes
Com apenas sete músicas em 44 minutos, um recorde de concisão para os padrões dele, "Everything Was Beautiful" não chega a trazer maiores novidades sônicas para quem acompanha a banda. Estão aqui as influencias de jazz, soul, gospel, rock alemão dos anos 70 e psicodelia e as letras de desamor e sobre drogas.
A diferença está mesmo na qualidade do material, com tudo aqui soando bastante inspirado, especialmente na linda "Let It Bleed (For Iggy)", dedicada a Iggy Pop, um fã declarado, e na épica "I'm Coming Home Again" com encera o disco de forma impactante.