Jô Soares morreu na madrugada desta sexta-feira (5), aos 84 anos, em São Paulo. Um dos maiores humoristas do país, o artista estava internado desde 25 de julho, no Hospital Sírio Libanês, para tratar uma pneumonia.
A causa da morte, porém, ainda não foi divulgada. O anúncio da morte de Jô foi feito pela sua ex-esposa, Flávia Pedra.
"Viva você, meu Bitiko, Bolota, Miudeza, Bichinho, Porcaria, Gorducho. Você é orgulho pra todo mundo que compartilhou de alguma forma a vida com você. Agradeço aos senhores Tempo e Espaço, por terem me dado a sorte de deixar nossas vidas se cruzarem. Obrigada pelas risadas de dar asma, por nossas casas do meu jeito, pelas viagens aos lugares mais chiques e mais mequetrefes, pela quantidade de filmes, que você achava uma sorte eu não lembrar pra ver de novo, e pela quantidade indecente de sorvete que a gente tomou assistindo", escreveu Flávia, em uma rede social.
Em seus programas de entrevista, o humorista levou música todas as noites da semana, aos lares brasileiros. Além do sexteto, com Chiquinho (trompete), Derico (saxofone e flauta), Miltinho (bateria), Bira (baixo), Tomate (guitarra) e Osmar (piano), em sua última formação, que tocava entre os blocos do talk show, e em algumas oportunidades tinha o próprio Jô tocando bongô, seus programas receberam praticamente todo mundo que teve importância na música brasileira. De Tom Jobim a Roberto Carlos e da Legião Urbana ao Sepultura, todos tinham espaço ali.
Antes de se firmar como entrevistador, Jô alcançou o sucesso em humorísticos televisivos baseados em esquetes e personagens como o "Satiricom" (1974), "Planeta dos Homens" que foi exibido entre 1976 e o começo de 1982. Nesse mesmo ano estrearia "Viva O Gordo", um dos programas mais marcantes da década com personagens que marcaram época e o primeiro comandado unicamente por ele.
Na Globo, o programa fica no ar até 1987. No ano seguinte, ele surpreenderia ao trocar a poderosa Globo pelo SBT após aceitar uma proposta financeiramente vantajosa de Silvio Santos, que também lhe abria caminho para realizar um velho sonho: o de ter um programa de entrevistas no fim da noite aos moldes do feito por Johnny Carson, nos EUA. Algo que ele já havia tentado fazer por aqui nos anos 70, mas sem sucesso.
O "Veja o Gordo", exibido às segundas-feiras, durou pouco, apenas dois anos. Já o "Jô Soares Onze e Meia" ficou no ar até 1999, tornando-se um dos mais importantes programas da história da televisão brasileira. No ano 2000, Jô retornou à Globo e por lá seguiu fazendo entrevistas de segunda à sexta-feira no "Programa do Jô". O humorista ainda escreveu cinco livros, atuou em 22 filmes e foi um dos precursores do formato stand-up no Brasil.
Verdadeiro apaixonado por jazz, Jô contou em sua biografia, escrita em parceria com Matinas Suzuki Jr., que tocou, como "Joe Soares", bongô naquele que é considerado o primeiro LP do gênero feito no Brasil: "Em Tempo De Jazz Volume 1", disco que também tinha contribuições de outros músicos que fizeram história no Brasil, como João Donato, Paulo Moura e Luiz Eça.
Esse não é o único item raro de sua, curta, discografia. Jô também gravou um compacto com dois rocks. O disquinho saiu em 1963 e trazia "Vampiro" no Lado A.
Bem depois, já no ano 2000, sairia "Jô Soares e O Sexteto - Ao Vivo No Tom Brasil" que trazia o humorista, e os músicos de seu programa, tocando clássicos do jazz.
A causa da morte, porém, ainda não foi divulgada. O anúncio da morte de Jô foi feito pela sua ex-esposa, Flávia Pedra.
"Viva você, meu Bitiko, Bolota, Miudeza, Bichinho, Porcaria, Gorducho. Você é orgulho pra todo mundo que compartilhou de alguma forma a vida com você. Agradeço aos senhores Tempo e Espaço, por terem me dado a sorte de deixar nossas vidas se cruzarem. Obrigada pelas risadas de dar asma, por nossas casas do meu jeito, pelas viagens aos lugares mais chiques e mais mequetrefes, pela quantidade de filmes, que você achava uma sorte eu não lembrar pra ver de novo, e pela quantidade indecente de sorvete que a gente tomou assistindo", escreveu Flávia, em uma rede social.
Em seus programas de entrevista, o humorista levou música todas as noites da semana, aos lares brasileiros. Além do sexteto, com Chiquinho (trompete), Derico (saxofone e flauta), Miltinho (bateria), Bira (baixo), Tomate (guitarra) e Osmar (piano), em sua última formação, que tocava entre os blocos do talk show, e em algumas oportunidades tinha o próprio Jô tocando bongô, seus programas receberam praticamente todo mundo que teve importância na música brasileira. De Tom Jobim a Roberto Carlos e da Legião Urbana ao Sepultura, todos tinham espaço ali.
Antes de se firmar como entrevistador, Jô alcançou o sucesso em humorísticos televisivos baseados em esquetes e personagens como o "Satiricom" (1974), "Planeta dos Homens" que foi exibido entre 1976 e o começo de 1982. Nesse mesmo ano estrearia "Viva O Gordo", um dos programas mais marcantes da década com personagens que marcaram época e o primeiro comandado unicamente por ele.
Na Globo, o programa fica no ar até 1987. No ano seguinte, ele surpreenderia ao trocar a poderosa Globo pelo SBT após aceitar uma proposta financeiramente vantajosa de Silvio Santos, que também lhe abria caminho para realizar um velho sonho: o de ter um programa de entrevistas no fim da noite aos moldes do feito por Johnny Carson, nos EUA. Algo que ele já havia tentado fazer por aqui nos anos 70, mas sem sucesso.
O "Veja o Gordo", exibido às segundas-feiras, durou pouco, apenas dois anos. Já o "Jô Soares Onze e Meia" ficou no ar até 1999, tornando-se um dos mais importantes programas da história da televisão brasileira. No ano 2000, Jô retornou à Globo e por lá seguiu fazendo entrevistas de segunda à sexta-feira no "Programa do Jô". O humorista ainda escreveu cinco livros, atuou em 22 filmes e foi um dos precursores do formato stand-up no Brasil.
Verdadeiro apaixonado por jazz, Jô contou em sua biografia, escrita em parceria com Matinas Suzuki Jr., que tocou, como "Joe Soares", bongô naquele que é considerado o primeiro LP do gênero feito no Brasil: "Em Tempo De Jazz Volume 1", disco que também tinha contribuições de outros músicos que fizeram história no Brasil, como João Donato, Paulo Moura e Luiz Eça.
Esse não é o único item raro de sua, curta, discografia. Jô também gravou um compacto com dois rocks. O disquinho saiu em 1963 e trazia "Vampiro" no Lado A.
Bem depois, já no ano 2000, sairia "Jô Soares e O Sexteto - Ao Vivo No Tom Brasil" que trazia o humorista, e os músicos de seu programa, tocando clássicos do jazz.