Loretta Lynn, uma das grandes damas da country music, morreu nesta terça-feira (4), aos 90 anos. A cantora morreu enquanto dormia em sua casa. Lynn teve uma história de vida tão cheia de surpresas, e drama, que ela foi transformada em filme já em 1980, quando a cantora ainda era relativamente nova, 48 anos. "O Destino Mudou Sua Vida" ("Coal Miner's Daughter" no original) ganhou sete indicações ao Oscar, incluindo melhor filme, e deu a estatueta para Cissy Spacek, que interpretou a cantora.
Lynn se casou aos 15 anos com Oliver Lynn, um agente de talentos da música country seis anos mais velho que ela. Apesar de tumultuado, o casamento durou até 2016, quando ele morreu. Foi Oliver quem estimulou o talento da esposa, lhe dando um violão e incentivando que ela escrevesse suas músicas.
O marido também era famoso por ser bastante mulherengo e gostar de beber, e episódios de violência doméstica eram comuns na vida dos dois. Ao mesmo tempo, ele acabava servindo de inspiração para que Loretta escrevesse músicas confessionais, diretas e também ousadas. Tome um de seus grandes clássicos, "The Pill", como exemplo.
Lançada em 1975, a canção contava a história de uma mulher cansada de ficar em casa cuidando dos filhos, que não paravam de chegar, enquanto o marido caía na farra, celebrando o fato de, agora, também poder se divertir e também o "fechamento da incubadora".
A música não foi bem aceita pelo mainstream da música country, notoriamente conservador, mas acabou chamando a atenção da imprensa e de um público mais amplo, acabando por se tornar seu maior hit nas paradas de música pop - ainda que ela não tenha ido além do 70° lugar na Billboard.
Apesar do início relativamente tardio, Loretta desabrochou como cantora e compositora. Seu primeiro compacto saiu em 1960, e o LP de estreia chegaria às lojas dois anos depois. Ela seguiu produzindo até o fim da vida, tendo gravado mais de 50 álbuns, incluindo os que fez ao lado de Conway Twitt.
Loretta, como todo artista com tanto tempo de estrada, teve seus altos e baixos na carreira, mas viveu um período de renascimento artístico no século 21. O responsável pelo sucesso na maturidade foi o álbum "Van Lear Rose". Produzido por Jack White, e quase todo composto apenas por canções escritas pela cantora, o trabalho fez sucesso com o público e foi muito elogiado pela imprensa, entrando em várias listas de melhores álbuns de 2004. O disco também ganharia o Grammy de álbum country no ano seguinte.
Os problemas de saúde que vieram com o passar dos anos limitaram a sua carreira, mas ela seguiu produtiva. Loretta lançou outros quatro LPs, incluindo um natalino, até o fim da vida. O mais recente deles "Still Woman Enough" saiu no ano passado.
Ouça "Coal Miner's Daughter, escolhido pela Rolling Stone como um dos melhores discos de todos os tempos:
Lynn se casou aos 15 anos com Oliver Lynn, um agente de talentos da música country seis anos mais velho que ela. Apesar de tumultuado, o casamento durou até 2016, quando ele morreu. Foi Oliver quem estimulou o talento da esposa, lhe dando um violão e incentivando que ela escrevesse suas músicas.
O marido também era famoso por ser bastante mulherengo e gostar de beber, e episódios de violência doméstica eram comuns na vida dos dois. Ao mesmo tempo, ele acabava servindo de inspiração para que Loretta escrevesse músicas confessionais, diretas e também ousadas. Tome um de seus grandes clássicos, "The Pill", como exemplo.
Lançada em 1975, a canção contava a história de uma mulher cansada de ficar em casa cuidando dos filhos, que não paravam de chegar, enquanto o marido caía na farra, celebrando o fato de, agora, também poder se divertir e também o "fechamento da incubadora".
A música não foi bem aceita pelo mainstream da música country, notoriamente conservador, mas acabou chamando a atenção da imprensa e de um público mais amplo, acabando por se tornar seu maior hit nas paradas de música pop - ainda que ela não tenha ido além do 70° lugar na Billboard.
Apesar do início relativamente tardio, Loretta desabrochou como cantora e compositora. Seu primeiro compacto saiu em 1960, e o LP de estreia chegaria às lojas dois anos depois. Ela seguiu produzindo até o fim da vida, tendo gravado mais de 50 álbuns, incluindo os que fez ao lado de Conway Twitt.
Loretta, como todo artista com tanto tempo de estrada, teve seus altos e baixos na carreira, mas viveu um período de renascimento artístico no século 21. O responsável pelo sucesso na maturidade foi o álbum "Van Lear Rose". Produzido por Jack White, e quase todo composto apenas por canções escritas pela cantora, o trabalho fez sucesso com o público e foi muito elogiado pela imprensa, entrando em várias listas de melhores álbuns de 2004. O disco também ganharia o Grammy de álbum country no ano seguinte.
Os problemas de saúde que vieram com o passar dos anos limitaram a sua carreira, mas ela seguiu produtiva. Loretta lançou outros quatro LPs, incluindo um natalino, até o fim da vida. O mais recente deles "Still Woman Enough" saiu no ano passado.
Ouça "Coal Miner's Daughter, escolhido pela Rolling Stone como um dos melhores discos de todos os tempos: