Harry Styles deu, na noite de ontem (6), o pontapé inicial de sua celebrada "Love On Tour" em terras brasileiras. Ainda que a chuva torrencial que caiu no Allianz Parque em São Paulo tenha conseguido tirar um pouco do clima de festa criado pelos fãs, o que se viu foi um cantor seguro de si, que sabe dominar o público e que se apoia acima de tudo em sua música para atingir as pessoas.
Nisso, o show dele é bem mais próximo de um típico show de rock. O palco é bonito e elegante, mas relativamente simples. O cantor também não se ampara em bailarinos e pirotecnias e nem divide o espetáculo em "atos" para poder trocar de figurino. Assim cabe somente a ele, e à sua carismática banda, a tarefa de ganhar a multidão com seu repertório e presença.
Assim fica claro que estamos diante de um artista em seu auge - quando uma canção de seu mais recente disco é a escolhida para o bloco final do concerto e é a que gera mais excitação no público é porque seu momento atual não poderia estar melhor. Mais que isso, Harry mostra que ainda poderá surpreender no futuro - basta lembrar que seu disco de estreia como solista já foi bem elogiado, daqueles que se achava que seria difícil de se superar. "Fine Line", o trabalho seguinte, mostrou que não era bem assim, e com o recente "Harry's House",um dos grandes álbuns de 2022, Styles calou os céticos mais uma vez.
É deste álbum que vem o grosso do repertório do show, que não sofre muitas variações a cada apresentação. Nada menos que nove músicas do setlist saem dele, incluindo a potente abertura com "Music for a Sushi Restaurant" e, a já citada, catarse coletiva quase no final proporcionada por "As It Was".
O restante é dedicado basicamente ao material de "Fine Line", que está envelhecendo muito bem, em especial os singles luminosos "Watermelon Sugar" e "Adore You".
As duas únicas músicas do primeiro disco são mostradas no bis. A dramática "Sign Of The Times", com ele cantando enrolado na bandeira brasileira, combina bem com o clima chuvoso e tirou lágrimas da plateia majoritariamente feminina - ele não se furtou de, em diversas ocasiões, cantar no centro da passarela que vai até o centro do estádio, nem de andar pelas laterais do palco para se aproximar das pessoas. A roqueira "Kiwi" é a selecionada para colocar o ponto final no espetáculo.
Há também um aceno aos seus anos de astro de boyband, com uma versão rejuvenescida de "What Makes You Beautiful", hit maior do One Direction, o grupo que o revelou ao mundo há mais de uma década (o tempo passa).
Ainda que o repertório seja praticamente fixo, o show da Love On Tour não pode ser chamado de engessado. O setlist dá aos músicos da banda a chance de brilharem - ninguém aqui fica em uma área mal iluminada do palco - e nota-se, quando eles são apresentados pelo cantor, que muitos daqueles instrumentistas já ganharam a admiração dos fãs, especialmente a baterista Sarah Jones e seu marido, o guitarrista Mitch Rowland, que brilha especialmente em "She", com sua levada com toques de soul e blues.
Harry fará ainda mais quatro shows no Brasil. Amanhã (8) ele canta no Rio de Janeiro na Jeunesse Arena, no sábado, 10, o show será em Curitiba Pedreira Paulo Leminski. Em seguida, ele volta para São Paulo para mais duas apresentações, dias 13 e 14, desta vez, espera-se, sem chuva.
Nisso, o show dele é bem mais próximo de um típico show de rock. O palco é bonito e elegante, mas relativamente simples. O cantor também não se ampara em bailarinos e pirotecnias e nem divide o espetáculo em "atos" para poder trocar de figurino. Assim cabe somente a ele, e à sua carismática banda, a tarefa de ganhar a multidão com seu repertório e presença.
Assim fica claro que estamos diante de um artista em seu auge - quando uma canção de seu mais recente disco é a escolhida para o bloco final do concerto e é a que gera mais excitação no público é porque seu momento atual não poderia estar melhor. Mais que isso, Harry mostra que ainda poderá surpreender no futuro - basta lembrar que seu disco de estreia como solista já foi bem elogiado, daqueles que se achava que seria difícil de se superar. "Fine Line", o trabalho seguinte, mostrou que não era bem assim, e com o recente "Harry's House",um dos grandes álbuns de 2022, Styles calou os céticos mais uma vez.
É deste álbum que vem o grosso do repertório do show, que não sofre muitas variações a cada apresentação. Nada menos que nove músicas do setlist saem dele, incluindo a potente abertura com "Music for a Sushi Restaurant" e, a já citada, catarse coletiva quase no final proporcionada por "As It Was".
O restante é dedicado basicamente ao material de "Fine Line", que está envelhecendo muito bem, em especial os singles luminosos "Watermelon Sugar" e "Adore You".
As duas únicas músicas do primeiro disco são mostradas no bis. A dramática "Sign Of The Times", com ele cantando enrolado na bandeira brasileira, combina bem com o clima chuvoso e tirou lágrimas da plateia majoritariamente feminina - ele não se furtou de, em diversas ocasiões, cantar no centro da passarela que vai até o centro do estádio, nem de andar pelas laterais do palco para se aproximar das pessoas. A roqueira "Kiwi" é a selecionada para colocar o ponto final no espetáculo.
Há também um aceno aos seus anos de astro de boyband, com uma versão rejuvenescida de "What Makes You Beautiful", hit maior do One Direction, o grupo que o revelou ao mundo há mais de uma década (o tempo passa).
Ainda que o repertório seja praticamente fixo, o show da Love On Tour não pode ser chamado de engessado. O setlist dá aos músicos da banda a chance de brilharem - ninguém aqui fica em uma área mal iluminada do palco - e nota-se, quando eles são apresentados pelo cantor, que muitos daqueles instrumentistas já ganharam a admiração dos fãs, especialmente a baterista Sarah Jones e seu marido, o guitarrista Mitch Rowland, que brilha especialmente em "She", com sua levada com toques de soul e blues.
Harry fará ainda mais quatro shows no Brasil. Amanhã (8) ele canta no Rio de Janeiro na Jeunesse Arena, no sábado, 10, o show será em Curitiba Pedreira Paulo Leminski. Em seguida, ele volta para São Paulo para mais duas apresentações, dias 13 e 14, desta vez, espera-se, sem chuva.