Crédito fotos: Giu Cota
Paulinho da Viola é daqueles artistas cuja "melhor idade" lhe caiu bem. Como desde moço sua maior preocupação sempre foi a de preservar uma linhagem musical mais do que revolucioná-la, sua carreira pôde seguir tranquilamente em uma linha contínua, ainda que uma ou outra onda mais violenta tenha balançado o seu barco aqui e acolá.
Desta forma, vê-lo agora, com oito décadas de vida, não é muito diferente de tê-lo vista há 20, 30 ou 40 anos. A voz, sempre contida e inegavelmente bela, está intacta, o time de músicos é de primeira e a produção é eficiente.
O notório portelense estreou sábado (4) seu show novo show em um Vibra São Paulo, literalmente, lotado. Em uma apresentação simples, concisa e deliciosa, o cantor e compositor desfilou sucessos e algumas surpresas nessa turnê que celebra seus 80 anos, completados no ano passado.
Com 20 músicas no roteiro, Paulinho começa sozinho batucando em uma caixa de fósforos a nova "Ele", que é seguida de "Samba Original" (composta por Elton Medeiros e Zé Kéti e uma de suas primeira gravações) e emenda com Eu Canto Samba", destaque maior de seu álbum de 1989 e quando a banda finalmente entra em sua totalidade.
Vem então a primeira conversa com a plateia. Com a voz sussurante, o compositor avisa que a música que abriu o show ainda não foi gravada mas que ele espera fazer isso o quanto antes. Será que finalmente ele está pronto para gravar o sucessor de "Bebadosamba"? Lançado em 1996 este foi seu último trabalho de material inédito e a espera por um trabalho novo só aumentou desde então.
O espetáculo prossegue em uma mistura animada de canções de próprio punho, homenagens a gigantes do samba e histórias que sempre divertem. Ele entra em seu ponto de fervura a partir do terceiro bloco, quando os clássicos começam a ser empilhados. Nervos de Aço" (de Lupicínio Rodrigues), uma arrepiante Sinal Fechado", Dança da Solidão", Pecado Capital", Coração Leviano" são tocadas quase que sem tempo para respiro e servem para mostrar a enorme dimensão desta obra única dentro da música brasileira.
O show termina com as "recentes" (que já nasceram clássicas) Bebadosamba" e "Timoneiro" , quando a banda tem uma rara chance de tocar com mais força.
O bis tem a inesperada Prisma Luminoso" e, claro, "Foi Um Rio Que Passou em Minha Vida". Há ainda uma rápida homenagem ao artistas que agora se prepara para levar o mesmo show, que já sai como bom concorrente a grande destaque de 2023, para outras praças (confira aqui as próximas datas).
Paulinho da Viola é daqueles artistas cuja "melhor idade" lhe caiu bem. Como desde moço sua maior preocupação sempre foi a de preservar uma linhagem musical mais do que revolucioná-la, sua carreira pôde seguir tranquilamente em uma linha contínua, ainda que uma ou outra onda mais violenta tenha balançado o seu barco aqui e acolá.
Desta forma, vê-lo agora, com oito décadas de vida, não é muito diferente de tê-lo vista há 20, 30 ou 40 anos. A voz, sempre contida e inegavelmente bela, está intacta, o time de músicos é de primeira e a produção é eficiente.
O notório portelense estreou sábado (4) seu show novo show em um Vibra São Paulo, literalmente, lotado. Em uma apresentação simples, concisa e deliciosa, o cantor e compositor desfilou sucessos e algumas surpresas nessa turnê que celebra seus 80 anos, completados no ano passado.
Com 20 músicas no roteiro, Paulinho começa sozinho batucando em uma caixa de fósforos a nova "Ele", que é seguida de "Samba Original" (composta por Elton Medeiros e Zé Kéti e uma de suas primeira gravações) e emenda com Eu Canto Samba", destaque maior de seu álbum de 1989 e quando a banda finalmente entra em sua totalidade.
Vem então a primeira conversa com a plateia. Com a voz sussurante, o compositor avisa que a música que abriu o show ainda não foi gravada mas que ele espera fazer isso o quanto antes. Será que finalmente ele está pronto para gravar o sucessor de "Bebadosamba"? Lançado em 1996 este foi seu último trabalho de material inédito e a espera por um trabalho novo só aumentou desde então.
O espetáculo prossegue em uma mistura animada de canções de próprio punho, homenagens a gigantes do samba e histórias que sempre divertem. Ele entra em seu ponto de fervura a partir do terceiro bloco, quando os clássicos começam a ser empilhados. Nervos de Aço" (de Lupicínio Rodrigues), uma arrepiante Sinal Fechado", Dança da Solidão", Pecado Capital", Coração Leviano" são tocadas quase que sem tempo para respiro e servem para mostrar a enorme dimensão desta obra única dentro da música brasileira.
O show termina com as "recentes" (que já nasceram clássicas) Bebadosamba" e "Timoneiro" , quando a banda tem uma rara chance de tocar com mais força.
O bis tem a inesperada Prisma Luminoso" e, claro, "Foi Um Rio Que Passou em Minha Vida". Há ainda uma rápida homenagem ao artistas que agora se prepara para levar o mesmo show, que já sai como bom concorrente a grande destaque de 2023, para outras praças (confira aqui as próximas datas).