Marcelo Jeneci lançará, nesta sexta-feira (14), o seu novo álbum, "Caravana Sairé". O projeto traz um repertório com clássicos da música popular brasileira, originalmente do Nordeste, com uma nova roupagem, mais próxima da música pop.

Jeneci, inclusive, se referia ao álbum informalmente como "sanfona sound system". "Caravana Sarié" nasceu a partir de diáologos do cantor e compositor com o cineasta pernambucano, Helder Pessoa Lopes (que é quem assina a direção artística do projeto).

Com exclusividade para o Vagalume, Marcelo Jeneci traz as letras das canções que formam o disco.

Veja abaixo:

1. "Sou O Estopim"
Autores: Antonio Barros / Cecéu

Eu sou o estopim da bomba
É você quem me faz ser assim
Se não quer ver o estouro da bomba
Não encoste esse fogo em mim

Capim seco pega fogo
Se o fogo der no capim
Meu amor eu pego fogo
Se você tocar em mim
Porque você é o fogo
Eu sou o estopim

Eu sou o estopim da bomba
É você quem me faz ser assim
Se não quer ver o estouro da bomba
Não encoste esse fogo em mim

Sei que será um estouro
Se você tocar em mim
Mas meu bem nosso namoro
Só é gostosinho assim
Porque você é o fogo
Eu sou o estopim

Eu sou o estopim da bomba
É você quem me faz ser assim
Se não quer ver o estouro da bomba
Não encoste esse fogo em mim

Sei que será um estouro
Se você tocar em mim
Mas meu bem nosso namoro
Só é gostosinho assim
Porque você é o fogo
Eu sou o estopim

2. "Lembrança de um Beijo"
Compositor: Accioly Neto

Saudade já tem nome de mulher
Que é pra fazer do homem o que bem quer
Saudade já tem nome de mulher
Que é pra fazer do homem o que bem quer

Quando a saudade invade o coração da gente
Pega a veia onde corria um grande amor
Não tem conversa nem cachaça que dê jeito
Nem um amigo do peito que segure o chororô

Que segure o chororô
Que segure o chororô

Saudade já tem nome de mulher
Que é pra fazer do homem o que bem quer
Saudade já tem nome de mulher
Que é pra fazer do homem o que bem quer

O cabra pode ser valente e chorar
Ter meio mundo de dinheiro e chorar
Ser forte como sertanejo e chorar
Só na lembrança de um beijo e chorar

3. "Baião"
Compositores: Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira

Eu vou mostrar pra vocês
Como se dança o baião
E quem quiser aprender
É favor prestar atenção

Morena, chegue pra cá
Junto ao meu coração
Agora é só me seguir
Pois eu vou dançar o baião
O baião
O baião
O baião

Eu já dancei balancê
Chamego, samba e xerém
Mas o baião tem um quê
Que as outras danças não têm.
E quem quiser só dizer
Pois eu dou satisfação
Vou dançar cantando
O baião
O baião
O baião
O baião

Eu já cantei no Pará
Toquei sanfona em Belém
Cantei lá no Ceará
E sei o que me convém

Por isso eu posso afirmar
Com toda convicção
Que sou doido pelo baião

Pelo baião
Pelo baião
Pelo baião

Penha, Penha
Eu vim aqui me ajoelhar
Venha, venha
Trazer paz para o meu lar

4. "Amor Não Faz Mal A Ninguém"
Autor: Onildo Almeida

Amar, amar, amar
amar, amar é querer bem
amor, amor, amor
amor, não faz mal a ninguém

Se casamento fosse bom
não precisava testemunha
Pra que padre?
Pra que juiz?
Se o que faz a gente ser feliz

É amar, amar, amar
Amar, amar e querer bem
Amor, amor, amor
Amor, não faz mal a ninguém

Se casamento fosse bom
Não precisava testemunha
Pra que padre?
Pra que juiz?
Se o que faz a gente ser feliz

É amar, amar, amar
Amar, amar e querer bem
Amor, amor, amor
Amor, não faz mal a ninguém

De vez em quando rola uma briguinha de ciúme
Ciúme é o tempero do amor que tem volume
E quando a gente gosta
Fica bom pros dois
E o melhor da vida vem depois

Que é amar, amar, amar
Amar, amar e querer bem
Amor, amor, amor
Amor, não faz mal a ninguém

5. "Devagar"
Autor: Jorge de Altinho

Quem for feliz no amor que levante o dedo
E me responda sem medo se verdade for
Quem já bebeu dessa água e banhou-se no rio
Sabe o gosto que sentiu, a marca que ficou

Quando a paixão corre fundo por dentro da gente
Tantas são as ilusões para um só sonhador
Enquanto a cabeça não sabe o que o coração sente
Navega o corpo vadio em mares de amor

Devagar que o santo é de barro
Devagar ele pode cair
Devagar que o santo é de barro
Devagar ele pode cair

6. "Olha Pro Céu / Felicidade"
Autores: Luiz Gonzaga / José Fernandes e Jeneci / Chico César

Olha pro céu, meu amor
Vê como ele está lindo
Olha pra aquele balão multicor
Como no céu vai sumindo
Foi numa noite igual a esta

Que tu me deste o coração
O céu estava assim em festa
Pois era noite de São João
Havia balões no ar
Xote, baião no salão
E no terreiro o teu olhar
Que incendiou meu coração
E no terreiro o teu olhar
Que incendiou meu coração

Haverá um dia em que você não haverá de ser feliz
Sentirá o ar sem se mexer sem desejar como antes sempre quis
Você vai rir sem perceber felicidade é só questão de ser
Quando chover, deixar molhar pra receber o sol quando voltar

Melhor viver, meu bem
Pois há um lugar
Em que o sol brilha pra você
Chorar, sorrir também, e depois dançar
Na chuva quando a chuva vem

Melhor viver, meu bem
Pois há um lugar
Em que o sol brilha pra você
Chorar, sorrir também, e dançar
Dançar na chuva quando a chuva vem

Tem vez que as coisas pesam mais
Do que a gente acha que pode aguentar
Nessa hora, fique firme pois tudo isso logo vai passar
Você vai rir sem perceber felicidade é só questão de ser
Quando chover, deixar molhar pra receber o sol quando voltar

Melhor viver, meu bem
Pois há um lugar
Em que o sol brilha pra você
Chorar, sorrir também, e depois dançar
Na chuva quando a chuva vem

Melhor viver, meu bem
Pois há um lugar
Em que o sol brilha pra você
Chorar, sorrir também, e dançar
Dançar na chuva quando a chuva vem

7. "Vem Morena"
Autores: Luiz Gonzaga / Zé Dantas

Vem, morena, pros meus braços
Vem, morena, vem cantar
Quero ver tu requebrando
Quero ver tu requebrar
Quero ver tu remexer
No resfolego da sanfona até o sol raiar
Eu quero ver tu remexer
No resfolego da sanfona até o sol raiar

E esse teu fungado quente
Bem no pé do meu pescoço
Arrepia o corpo da gente
Faz o veio ficar moço
E o coração de repente
Bate o sangue em alvoroço

Vem, morena, pros meus braços
Vem, morena, vem dançar
Quero ver tu requebrando
Quero ver tu requebrar
Eu quero ver tu remexer
No resfolego da sanfona até o sol raiar

E esse teu suor sargado é gostoso e tem sabor
Pois o teu corpo suado com esse cheiro de fulô
Tem o gosto temperado dos tempero do amô

Vem, morena, pros meus braços
Vem, morena, vem dançar
Quero ver tu requebrando
Quero ver tu requebrar
Quero ver tu remexer
No resfolego da sanfona até o sol raiar

8. "Oxente"
Autores: Marcelo Jeneci / Chico César

Oxente
Onde é que tá
Onde é que tá
Tá aqui na minha frente

Busquei
Nas veredas da cidade
Ser inteiro e não metade
Pois metade eu me sinto só

Sonhei
Com amor e plenitude
Descobri que sonho ilude
E até a pedra vira pó

Inda hoje eu tô
Procurando assim
Quero achar o amor que é pra mim

Oxente
Onde é que tá
Onde é que tá
Tá aqui na minha frente

Eu sei
Amizade é diferente
Mas o coração da gente
Pede sempre um pouco de paixão

Achei
Meus amigos sou contente
Quem souber me oriente
Ter o céu aqui beijando o chão

Inda hoje eu tô
Procurando assim
Quero achar o amor que é pra mim

Oxente
Onde é que tá
Onde é que tá
Tá aqui na minha frente

9. "Cadeira de Balanço"
Autores: Assisão / Lindolfo Barbosa

Na cadeira de balanço eu vi o rosto dela
Que beleza de sorriso eu vi na face dela

Turim turim turim turim
A cadeira de balanço que fazia assim

Não sei porque, não sei porque
Minhas pernas tremularam quando vi você

Em cada balanço eu via as perninhas da cadeira
De uma tal maneira que eu não pude me conter
Corri pra lhe dizer, corri pra lhe avisar
Menina não balança essa cadeira vai quebrar

Turim turim turim turim
A cadeira de balanço que fazia assim

10. "Ai Que Saudade De Ocê"
Autor: Vital Farias

Não se admire se um dia um beija-flor invadir
A porta da tua casa, te der um beijo e partir
Fui eu que mandei o beijo
Que é pra matar meu desejo
Faz tempo que eu não te vejo
Ai que saudade de ocê

Se um dia você se lembrar, escreva uma carta pra mim
Bote logo no correio, com frases dizendo assim
Faz tempo que eu não te vejo
Quero matar meu desejo
Te mando um monte de beijo
Ai que saudade sem fim

E se quiser recordar aquele nosso namoro
Quando eu ia viajar, você caía no choro
Eu chorando pela estrada, mas o que eu posso fazer?
Trabalhar é minha sina
Eu gosto mesmo é de ocê