Sinéad O' Connor morreu aos 56 anos. A notícia foi primeiro divulgada pelo jornal The Irish Times e pelo TMZ. Um comunicado da família confirmou a morte.
"É com imensa tristeza que anunciamos o falecimento de nossa amada Sinéad. Sua família e amigos estão devastados e pedem respeito á sua privacidade nesse momento de grande dificuldade", diz a mensagem, publicada pelo jornal inglês The Guardian.
Sinéad viveu o auge do sucesso em 1990, quando lançou seu segundo álbum, o multiplatinado "I Do Not Want What I Haven't Got". O disco trazia a versão dela para "Nothing Compares 2 U", de Prince, que chegou ao topo das paradas mais importantes do planeta.
Cantora Nunca Fugiu da Polêmica
Sinéad O' Connor nasceu em Dublin, Irlanda, em 1966. Vinte anos depois ela surgiu para o mundo da música de maneira discreta. A jovem cantou e e colocou a letra em "Heroine" gravada para a trilha sonora do filme "The Captive", que foi escrita por The Edge, do U2.
Seu disco de estreia, o surpreendente "The Lion and the Cobra", saiu no fim de 1987 e mostrava uma artista com incrível talento e maturidade apesar da pouca idade. O LP equilibrava pop, faixas acústicas de levada folk e momentos mais experimentais.
O álbum chegou no top 30 britânico e ficou entre os 40 mais dos EUA tornando a "cantora careca" uma sensação do cenário musical alternativo, graças também ao single "Mandinka" que fez sucesso nas college radios dos EUA.
Sinéad explodiria mesmo em 1990 com "I Do Not Want What I Haven't Got", seu segundo LP, e justamente com uma música que não escreveu: "Nothing Compares 2 U", composta por Prince para a banda "protegida" The Family.
O single chegou ao topo das paradas de todo o mundo e terminaria o ano como o terceiro single mais popular do ano nos EUA e o segundo no Reino Unido. O sucesso da música impulsiona as vendas do álbum que ganha vários certificados de platina mundo afora. Quem comprou o CD certamente se deparou com uma artista que tinha muito mais a oferecer do que apenas um compacto de sucesso. A cantora fechou o ano com quatro indicações ao Grammy. Na cerimônia, ela levou a estatueta de melhor performance de música alternativa.
Essa foi a última vez que O'Connor pôde desfrutar da condição de "unanimidade". Em 1992 a cantora deixou claro que não era só mais uma popstar. A começar pela decisão de lançar "Am I Not Your Girl?", um disco somente de standards, entre eles, "How Insensitive", versão para "Insensatez", de Tom e Vinícius.
O mundo cairia mesmo em 3 de outubro de 1992. Foi quando ela, ao vivo e em cadeia nacional, rasgou uma foto do Papa João Paulo 2º em pleno Saturday Night Live, dizendo para "lutarmos contra o verdadeiro inimigo". Segundo a artista, o ato foi feito como forma de protesto pelos seguidos abusos de crianças cometidos, e acobertados, pela Igreja Católica.
Sinéad teria a real dimensão de como seu ato foi enxergado poucos dias depois, quando foi se apresentar no show em tributo pelos 50 anos de Bob Dylan no Madison Square Garden.
A artista iria cantar "I Believe In You", justamente uma canção devocional, escrita pelo músico em sua fase cristã. Ao entrar em cena, ela foi fortemente vaiada e não conseguiu cantar. Em protesto, Sinéad entoou à capela "War", de Bob Marley, da mesma forma que já havia feito no SNL, e deixou o palco às lágrimas.
O'Connor seguiu gravando, e alguns de seus discos posteriores mereciam ser mais ouvidos, especialmente os dois últimos que lançou: "How About I Be Me (and You Be You)?", com uma bela versão de "Queen Of Denmark", de John Grant, e "I'm Not Bossy, I'm the Boss", talvez seu trabalho mais acessível e bem acabado desde 1990.
Pessoalmente, Sinéad O' Connor sofreu com episódios de depressão.
Ela falou abertamente sobre tentativas de suicídio e diagnósticos de transtornos mentais. Seu filho Shane morreu em circunstâncias não esclarecidas em janeiro de 2022, com apenas 17 anos - acredita-se que ele tenha tirado sua própria vida. Na semana seguinte à tragédia, a cantora postou uma série de mensagens no Twitter onde indicava que ia se matar - ela foi hospitalizada em seguida.
Recentemente, Sinéad voltou a ser notícia por seu trabalho. Em 2021, "Remembrings", sua elogiada autobiografia, chegou às livrarias. No ano passado o documentário "Nothing Compares", focado em sua carreira entre 1987 e 1993 foi lançado e também recebeu elogios de público e críticos.
"É com imensa tristeza que anunciamos o falecimento de nossa amada Sinéad. Sua família e amigos estão devastados e pedem respeito á sua privacidade nesse momento de grande dificuldade", diz a mensagem, publicada pelo jornal inglês The Guardian.
Sinéad viveu o auge do sucesso em 1990, quando lançou seu segundo álbum, o multiplatinado "I Do Not Want What I Haven't Got". O disco trazia a versão dela para "Nothing Compares 2 U", de Prince, que chegou ao topo das paradas mais importantes do planeta.
Cantora Nunca Fugiu da Polêmica
Sinéad O' Connor nasceu em Dublin, Irlanda, em 1966. Vinte anos depois ela surgiu para o mundo da música de maneira discreta. A jovem cantou e e colocou a letra em "Heroine" gravada para a trilha sonora do filme "The Captive", que foi escrita por The Edge, do U2.
Seu disco de estreia, o surpreendente "The Lion and the Cobra", saiu no fim de 1987 e mostrava uma artista com incrível talento e maturidade apesar da pouca idade. O LP equilibrava pop, faixas acústicas de levada folk e momentos mais experimentais.
O álbum chegou no top 30 britânico e ficou entre os 40 mais dos EUA tornando a "cantora careca" uma sensação do cenário musical alternativo, graças também ao single "Mandinka" que fez sucesso nas college radios dos EUA.
Sinéad explodiria mesmo em 1990 com "I Do Not Want What I Haven't Got", seu segundo LP, e justamente com uma música que não escreveu: "Nothing Compares 2 U", composta por Prince para a banda "protegida" The Family.
O single chegou ao topo das paradas de todo o mundo e terminaria o ano como o terceiro single mais popular do ano nos EUA e o segundo no Reino Unido. O sucesso da música impulsiona as vendas do álbum que ganha vários certificados de platina mundo afora. Quem comprou o CD certamente se deparou com uma artista que tinha muito mais a oferecer do que apenas um compacto de sucesso. A cantora fechou o ano com quatro indicações ao Grammy. Na cerimônia, ela levou a estatueta de melhor performance de música alternativa.
Essa foi a última vez que O'Connor pôde desfrutar da condição de "unanimidade". Em 1992 a cantora deixou claro que não era só mais uma popstar. A começar pela decisão de lançar "Am I Not Your Girl?", um disco somente de standards, entre eles, "How Insensitive", versão para "Insensatez", de Tom e Vinícius.
O mundo cairia mesmo em 3 de outubro de 1992. Foi quando ela, ao vivo e em cadeia nacional, rasgou uma foto do Papa João Paulo 2º em pleno Saturday Night Live, dizendo para "lutarmos contra o verdadeiro inimigo". Segundo a artista, o ato foi feito como forma de protesto pelos seguidos abusos de crianças cometidos, e acobertados, pela Igreja Católica.
Sinéad teria a real dimensão de como seu ato foi enxergado poucos dias depois, quando foi se apresentar no show em tributo pelos 50 anos de Bob Dylan no Madison Square Garden.
A artista iria cantar "I Believe In You", justamente uma canção devocional, escrita pelo músico em sua fase cristã. Ao entrar em cena, ela foi fortemente vaiada e não conseguiu cantar. Em protesto, Sinéad entoou à capela "War", de Bob Marley, da mesma forma que já havia feito no SNL, e deixou o palco às lágrimas.
O'Connor seguiu gravando, e alguns de seus discos posteriores mereciam ser mais ouvidos, especialmente os dois últimos que lançou: "How About I Be Me (and You Be You)?", com uma bela versão de "Queen Of Denmark", de John Grant, e "I'm Not Bossy, I'm the Boss", talvez seu trabalho mais acessível e bem acabado desde 1990.
Pessoalmente, Sinéad O' Connor sofreu com episódios de depressão.
Ela falou abertamente sobre tentativas de suicídio e diagnósticos de transtornos mentais. Seu filho Shane morreu em circunstâncias não esclarecidas em janeiro de 2022, com apenas 17 anos - acredita-se que ele tenha tirado sua própria vida. Na semana seguinte à tragédia, a cantora postou uma série de mensagens no Twitter onde indicava que ia se matar - ela foi hospitalizada em seguida.
Recentemente, Sinéad voltou a ser notícia por seu trabalho. Em 2021, "Remembrings", sua elogiada autobiografia, chegou às livrarias. No ano passado o documentário "Nothing Compares", focado em sua carreira entre 1987 e 1993 foi lançado e também recebeu elogios de público e críticos.