O recém-lançado "Luck and Strange" mostra que David Gilmour fez a decisão correta de buscar um produtor mais jovem que não o tratasse com deferência, algo difícil de se encontrar quando se faz parte daquele seleto time de mitos da história do rock.
Não que o guitarrista do Pink Floyd quisesse lançar um disco para competir com as atuais estrelas do pop, longe disso. O que ele buscava era alguém que fosse capaz de abrir novos horizontes dentro de seu universo e, não se nega, que Charlie Andrew, que trabalhou com o Alt-J, e assumidamente não tinha um conhecimento profundo da obra do guitarrista, dentro ou fora da banda que o consagrou, conseguiu cumprir a missão.
Como todo músico satisfeito com um novo trabalho, Gilmour chegou a dizer que este seu quinto álbum solo era a melhor coisa em que já esteve envolvido desde "The Dark Side Of The Moon", de 1973 (ainda que, logo depois, ele tenha dito que prefere até o álbum seguinte do Pink Floyd, "Wish You Were Here" ao "disco da pirâmide").
Exageros à parte, ao menos em uma primeira audição, "Luck and Strange" soa melhor que a produção recente, e nem tão recente assim, do músico. As composições se mostram uniformemente inspiradas justamente por trazerem o DNA de um dos guitarristas com um dos toques mais facilmente identificáveis da história, mas sem parecerem pastiches.
Com apenas nove faixas, e mais dois bônus, "Luck and Strange" é para se ouvir de uma vez só e saboreando seus vários pontos altos, seja a bela cover de "Between Two Points", do obscuro duo Montgolfier Brothers, com vocais de Romany Gilmour, filha do músico, a densa "The Piper's Call", ou a faixa-título, de pegada bluesy e nascida de uma jam session que contou com a presença de Richard Wright, o tecladista do Pink Floyd, morto em 2008. Para quem se interessa em saber como as músicas ganham vida, Gilmour colocou como extra os quase 14 minutos da jam feita em 2007 como faixa final do disco.
"Luck and Strange" está ganhando muirtos elogios, nota 83 no Metacritic, e deverá marcar presença em diversas listas de melhores discos de 2024. É ouvir e torcer para que ele traga novamente a sua turnê para o Brasil - Gilmour só veio ao país uma única vez, em 2015.
Ouça:
"Luck and Strange" tem as seguintes músicas:
"Black Cat"
"Luck and Strange"
"The Piper's Call"
"A Single Spark"
"Vita Brevis"
"Between Two Points (With Romany Gilmour)"
"Dark and Velvet Nights"
"Sings"
"Scattered"
"Yes, I Have Ghosts" (Bonus)
"Luck and Strange - Original Barn Jam" (Bonus)
Não que o guitarrista do Pink Floyd quisesse lançar um disco para competir com as atuais estrelas do pop, longe disso. O que ele buscava era alguém que fosse capaz de abrir novos horizontes dentro de seu universo e, não se nega, que Charlie Andrew, que trabalhou com o Alt-J, e assumidamente não tinha um conhecimento profundo da obra do guitarrista, dentro ou fora da banda que o consagrou, conseguiu cumprir a missão.
Como todo músico satisfeito com um novo trabalho, Gilmour chegou a dizer que este seu quinto álbum solo era a melhor coisa em que já esteve envolvido desde "The Dark Side Of The Moon", de 1973 (ainda que, logo depois, ele tenha dito que prefere até o álbum seguinte do Pink Floyd, "Wish You Were Here" ao "disco da pirâmide").
Exageros à parte, ao menos em uma primeira audição, "Luck and Strange" soa melhor que a produção recente, e nem tão recente assim, do músico. As composições se mostram uniformemente inspiradas justamente por trazerem o DNA de um dos guitarristas com um dos toques mais facilmente identificáveis da história, mas sem parecerem pastiches.
Com apenas nove faixas, e mais dois bônus, "Luck and Strange" é para se ouvir de uma vez só e saboreando seus vários pontos altos, seja a bela cover de "Between Two Points", do obscuro duo Montgolfier Brothers, com vocais de Romany Gilmour, filha do músico, a densa "The Piper's Call", ou a faixa-título, de pegada bluesy e nascida de uma jam session que contou com a presença de Richard Wright, o tecladista do Pink Floyd, morto em 2008. Para quem se interessa em saber como as músicas ganham vida, Gilmour colocou como extra os quase 14 minutos da jam feita em 2007 como faixa final do disco.
"Luck and Strange" está ganhando muirtos elogios, nota 83 no Metacritic, e deverá marcar presença em diversas listas de melhores discos de 2024. É ouvir e torcer para que ele traga novamente a sua turnê para o Brasil - Gilmour só veio ao país uma única vez, em 2015.
Ouça:
"Luck and Strange" tem as seguintes músicas:
"Black Cat"
"Luck and Strange"
"The Piper's Call"
"A Single Spark"
"Vita Brevis"
"Between Two Points (With Romany Gilmour)"
"Dark and Velvet Nights"
"Sings"
"Scattered"
"Yes, I Have Ghosts" (Bonus)
"Luck and Strange - Original Barn Jam" (Bonus)