O renomado produtor musical Quincy Jones (crédito foto: Reprodução Instagram / Sam Emerson) faleceu no domingo (3), aos 91 anos, em sua casa em Bel Air, Los Angeles. Jones, uma figura de destaque na música americana, é até hoje celebrado por sua vasta contribuição ao cenário musical, trabalhando com ícones como Frank Sinatra e Michael Jackson.

Entre seus marcos, está sua colaboração no álbum "Thriller", de Michael Jackson, um dos discos mais vendidos da história e que revolucionou a música pop, nos anos 80. Ao longo de sua carreira, Jones transitou por diversos gêneros, incluindo jazz e hip hop.

No total, o produtor recebeu 80 indicações ao Grammy, conquistando 28 desses prêmios. Em sua trajetória, ele também fez história ao se tornar o primeiro compositor negro a ocupar uma posição de liderança na gravadora Mercury e também é lembrado pela sua atuação na indústria cinematográfica de Hollywood. Além disso, foi agraciado com títulos honorários de instituições de renome, como Harvard e a respeitada Berklee School of Music.

Sua família divulgou um comunicado para os fãs e imprensa: "Esta noite, com corações cheios, mas partidos, devemos compartilhar a notícia do falecimento de nosso pai e irmão Quincy Jones. E embora esta seja uma perda incrível para nossa família, celebramos a grande vida que ele viveu e sabemos que nunca haverá outro como ele."

A HISTÓRIA COM MICHAEL JACKSON

Quincy Jones produziu alguns dos álbuns mais memoráveis de Michael Jackson: "Off The Wall" (1979), "Thriller" (1983) e "Bad" (1987). Estes foram os primeiros discos da fase adulta do "Rei do Pop", quando deixou o Jackson Five, grupo que tinha com seus irmãos.

O álbum "Thriller" vendeu mais de 20 milhões de cópias apenas em seu primeiro ano depois de lançado e até hoje figura entre um dos discos mais vendidos de todos os tempos. De acordo com a Associated Press, Jones teve as ideias de convidar o ator Vincent Price para a introdução de "Thriller" e o guitarrista Eddie Van Halen para o clássico solo do hit, "Beat It".

Ele ainda produziu "We Are The World", outro grande clássico da música pop, que reuniu dezenas de estrelas da música em 1985 e arrecadou fundos para a luta contra a pobreza na África. Lionel Richie, que compôs a faixa com Michael, definiu Quincy Jones como: "o mestre orquestrador".



OUTROS TRABALHOS

Nascido em Chicago, Quincy iniciou sua carreira ao lado de Ray Charles na adolescência e, como músico, se juntou a orquestras de destaque, como as de Lionel Hampton e Dizzy Gillespie. Demonstrando seu apreço pela música brasileira, desfilou no Carnaval do Rio em 2006, pela escola de samba Portela. Em sua passagem pelo Brasil, compôs o instrumental "Soul Bossa Nova", após uma turnê com Dizzy Gillespie.

Quincy Jones também fez arranjos outra lenda do jazz, Ella Fitzgerald, e saiu em turnês com lendas do gênero, como Count Basie.

Ele ainda foi autor da trilha de abertura da famosa série de televisão, "Um Maluco no Pedaço".