Duas das principais publicações musicais do planeta já divulgaram as suas listas com os melhores do ano, mesmo que 2024 ainda tenha alguns lançamentos importantes por sair. Em comum, ambos escolhidos podem ser vistos como álbuns de retorno a uma antiga sonoridade.
"No Name", de Jack White, é o disco mais direto e pesado em muito tempo do ex-White Stripes, e foi a escolha da revista Mojo. "Wild God", de Nick Cave and The Bad Seeds, número 1 da também inglesa Uncut, foi onde a banda de apoio do cantor voltou a ter espaço, após uma série de discos mais introspectivos e minimalistas do australiano. "No Name" ficou em 15° lugar na lista da Uncut e "Wild God" em, segundo na da Mojo.
Vale lembrar que estas revistas, publicadas desde os anos 90, são voltadas para um público mais velho e não muito interessado no pop contemporâneo - ainda assim, ao menos a Uncut se rendeu, em termos, às novas tendências incluindo os discos de Taylor Swift, Billie Eilish e Charli xcx em seu top 80, ainda que nas posições inferiores.
Vários LPs estão presentes nas duas listas, alguns em posições equivalentes, caso dos mais recentes trabalhos de Beth Gibbons (ex-Portishead) e do casal Gillian Welch and David Rawlings, que estão no top 5 de ambas revistas (veja os top 10 no final deste texto).
Nomes que, em breve estarão no Brasil surgiram com destaque. "Night Reign", de Arooj Aftab, "This Could Be Texas", do English Teacher, atrações do C6 Fest, e "Romance", do Fontaines D.C., que vem para o Lollapalooza, foram lembrados pelas publicações.
Kiwanuka está no line-up do Lolla, e o quinteto feminino no do C6. Amyl chega para alguns shows dentro do festival de punk rock que vai rodar o país com o Offspring em março, e ainda para um show solo no Cine Joia no dia 6 do mesmo mês, em São Paulo. Finalmente, o grande nome do novo jazz ingês toca também no Cine Joia em 8 de fevereiro.
