Eu abri uma porta selada fechada

De volta para onde comecei

Através das profundezas da existência

Transversando as teias do subconsciente

Eu faço o meu caminho para a fonte

O núcleo

Não resolvido e sem resposta

Eu voltei

Eu espio através do vidro

E regredir

Enquanto eu testo a fé do meu reflexo

Eu posso sentir seu destino

Sofrimento contado na areia

Quanto você teme?

Quanto você se arrepende?

Eu não vou deixar o medo de uma revelação acabar com minha existência

No entanto, algo agora parece tão irreal

Como nossa conexão se intensifica

Realidade escapa

Rasgado no vazio da nossa clareza dimensional

Ou demência, como nossas memórias se alinham

Uma vasta ilusão quebra no auge da minha vertigem

Como o equívoco desaparece

Entorpecido, sem fôlego

Desenterrando a verdade

Enterrado nos perigos da cronofobia

Eu sou a mentira

A sombra, a máscara

O retrato arquetípico

Intocado pelo medo

E este é o delírio final

O catalisador que colocou os trabalhos em movimento

Eu sou o produto da lógica e areia

Pois somos apenas fragmentos de ser

Como você foi perdido dentro do vidro

Eu não vou deixar o medo da aniquilação acabar com a minha existência

Eu deixo para trás uma ampulheta quebrada

A destruição das minhas limitações

Se o inevitável certamente vem a acontecer no tempo

Eu não serei influenciado pelo medo