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A História do Hater

Nog


Ahh, que dia lindo
Os pássaros cantando
Die, motherfucker, die! Die! Die! Die!

Tava em casa vendo comentário
De uns filha da puta pensando merda
E do nada, apaguei, acordei na sala
Já era de manhã com o Sol na cara e com uma arma

Eu não tenho nem porte
essa porra não é minha e tem sangue na peita
Na minha bag tem caixa vazia de tarja preta
Que carai será que aconteceu de madrugada?
Será que minha mina dormiu em casa?
Abri a porta do quarto e graças a Deus ela não tava

Deixa eu pensar, vamo lá, vou ligar
Alô?
Ela me atendeu de cara, disse que viu na TV esse cara
Que sequestrou outro cara
mas na imagem não dava pra ver a cara
E que ele tava com um jaco da jordan
da cor e modelo que ela me deu
Eu pensei, fudeu, será que era eu?

Desconversei, desliguei
Procurei a porra do jaco e achei
No bolso uma comanda do bar que eu colei
Voltei pra lá sem pensar duas vez

Falei com dono que já olhou torto
Disse que eu cheguei lá duas e pouco
E tava bem louco, discuti com um mano e troquei soco
Porra, logo eu?

Que não sou de arrumar confusão, enfim
Ele disse que eu tava na brisa errada
de um cara que comentou merda de mim
E de um cara ali, que tava me ouvindo
e deu risada e eu já fiquei puto
Sai na porrada e ele tinha uma quadrada, cê é loco

O dono me disse que eu dei sorte, que eu tomei a Glock
Com uma garrafada, e sai com a blusa ensanguentada
Sem falar nada com nada (minha cara)
Eu não posso mais misturar drink e remédio
será que é por isso que

Tava em casa vendo comentário
De uns filha da puta pensando merda
E do nada, apaguei, acordei na sala
Já era de manhã com o Sol na cara e uma com arma

Eu não tenho nem porte
essa porra não é minha e tem sangue na peita
Na minha bag tem caixa vazia de tarja preta

Ei, mano do céu que alívio!
Ei, pensei que eu tava fudido!
An, que eu tinha puxado o gatilho!
Né, ainda bem que não era isso!

Eu voltei pra casa feliz demais
já que eu não era um serial killer que mata hater
Tava na pilha, joguei na pia, a minha camisa, toda vermelha
Moqueei a Glock, mano mó brisa
na minha gaveta que fica as meia

Depois fui pra sala, fumei uma baga
bateu mó larica e fui pra geladeira
Tá porra! Que barulho foi esse?
Que veio da minha despensa
será que essa merda fica mais tensa
Eu colei bem perto da porta, era alguém certeza
Voltei pro quarto, peguei a peça
deve ser um vagabundo que entrou pra me roubar
Parei na porta e respirei, foda-se, eu vou entrar

Vai caralho, vai! Quem que é você porra?
Olha pra mim, man. Que porra é essa, man?
Fala, mano! An?

Eu só- eu só fiz um comentário
não achei que cê ia vim atrás de mim... (An?)
Deixa eu ir embora... (Ahahaha!)
Deixa eu ir embora... Deixa eu ir embora... (Ahahaha!)
Deixa eu ir embora... Deixa eu ir embora
Deixa eu ir embora
(AAh!)
(Hahahahaha! Aah...)

Tava em casa vendo comentário
De uns filha da puta pensando merda
E do nada, apaguei, acordei na sala
Já era de manhã com o Sol na cara e uma com arma

Eu não tenho nem porte
essa porra não é minha e tem sangue na peita
Na minha bag tem caixa vazia de tarja preta
Cês sabem que eu tô zuando, né?
É brincadeira, pô... Arte é arte pô... Hater

Compositores: Caio Martins Nogueira, Caio Barbosa de Paiva (Paiva)
ECAD: Obra #46673014

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