Nuvem Ácida

Abstrato

Nuvem Ácida


Eu tentei fugir, ignorar os fatos
encontar o abrigo de um momento abstrato
mas a verdade vem a tona,
a paixão entra em como
quando o perdão vale menos que o pecado.

Eu tentei sentir alguma emoção
com quantas mãos se faz uma revolução.
Nada se redime, tudo se comprime
até sufocar o coração, eo presente
vive do passado e a serpente
cinge ao lado...

De quem ama!
Nossos crimes são tão bárbaros
não haverá compaixão

o pouco que nos resta se derrama
feito sangue escorrendo pelo chão

Já faz muito tempo, que eu não tenho tempo
pra desculpas e promessas,
para planos que vão com os anos,
desfazendo, despedaçando nossos sonhos...
serão em vão... que tentamos... alcançar!

O infinito decadente,
de todo sentimento que se sente
de toda dor que se condene
nossos dias, nossas vidas,
não valem mais... que uma canção,
que um grito, na escuridão!

( soneto )----------------------

Vermelho, denso, sinético,
na mansidão da paisagem estreita
segue impetuoso e destro
preenchendo harmonioso
poderosas veias.

Emaranhados de linhas espêssas
que tênue, poderosa teia
onde corre ferozmente a vida,
onde jaz mortalmente a seiva.
-----------------------------------

Elemento sacro, na derradeira ceia
imprescindível na feroz notícia,
No ao corpo a vivacidade não perde.

E realça o tom da noite feia
sangue angélico no chão e sem malícia,
servido a gosto o paladar dos vermes.




-------------------------------- FIM ------------------------------------

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