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A Felicidade Mora Numa Encruzilhada

Nuvens


Eu não sei viver pra sobreviver
Bem mais do que se vê: há vida

Parece não ter jeito pra ser o que eu sou
Num mundo que exige o que se deve ser e o que se quer.
Pintor bancário, poeta de armário, sonhador em partes,
Revolucionário que já nasceu com o destino traçado.
Ideias pela metade, ideais amordaçados
E jovens amassados por não saber o que fazer.
Me ensinaram que só há um caminho.
Mal sabem eles que estou pronto pra pisar em espinhos,
Sorrir pra solidão
E beijar a testa de quem me fere num olhar cortante de não.
Por toda a coragem, ser gauche na vida,
Enquanto a vaidade brilha até morrer
Você tem que inventar a sua revolução!
Você tem que criar a sua revolução!
Pra lavar a alma, pra lavar e ver nascer

Tem muito nada em tudo
Tem de tudo em nada
Tem por nada e tempo tudo
Tem ferida aberta no mundo
Eu não sei viver pra sobreviver
Muito mais do que se vê: há vida

Você não sabe o que me aconteceu
Meu inimigo maior sou eu. sou eu
Sou o espelho do que não quero ver.
Sou só parte do quero ser. pra quê?
Pra lavar a alma, pra lavar e ver nascer

Tem muito nada em tudo
Tem de tudo em nada
Tem por nada e tempo tudo
Tem ferida aberta no mundo

Compositor: Raphael Moraes da Rocha Santos (Raphael Moraes)
ECAD: Obra #22703134 Fonograma #2217204

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