LĂĄ em casa aprendi a ser um bom rapaz, mas Ă s vezes me traio com desejos. Cortando o ar na velocidade dos meus medos, que gritam sem parar. Ah! Como gritam.
E quantos mundos criei fechado no meu quarto? Um bocado de lugares que eram mais vivos que eu. Onde eu era a flor fumando um cachimbo de abelhas, tragando o pĂłlen do criador.
Um amigo me ensinou a sorrir pra todo o mundo, mas sempre me vejo tĂŁo calado. SĂł fico em paz com a humanidade dos meus sonhos, que me levam pro ar. Ah! Os meus sonhos!
E quantos mundos criei estirado no travesseiro? Um bocado de ilusÔes que eram mais vivas que eu. Hoje eu era o dia construindo a clareza na noite, mudando o astral.