Nyl MC
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Parasitas

Nyl MC


Ele suga nosso sangue
E cospe quando convém
Fascista miliciano
Diz que é cidadão de bem
Carne preta nesse açougue
A mais dura que se tem
Pergunta que não se cala
Quem parasita quem?

Ele suga nosso sangue
E cospe quando convém
Fascista miliciano
Diz que é cidadão de bem
Carne preta nessa porra
A mais dura que se tem
Pergunta que não se cala
Quem parasita quem) ?

Rico fica mais rico e pobre vai trabalhar
Dona Maria e Seu Antônio que fazem a roda girar
Mas pera lá: Olha a divisão desigual
A maior parte do bolo não tá no nosso quintal
Tá na mão da menor parte da população
Que tem mó nojo da minha cor e que me chama de ladrão
Mesmo quando a mão pro alto é no show de rap
Onde os pretos tão no palco mas o lucro é dos boy que vende rap
Lek, abraça o papo ritmado
Eles se caga só de imaginar o povo organizado
Nós por nós de fato, nossos termos nosso contrato
Verso faca de açogueiro abatendo todo gado
Não fica chocado, buraco ainda é mais embaixo
Milionário no vacilo tem 10 vezes teu auxílio
Bagulho é esculacho, sobreviver já tá mais caro
Quero é poder pra nós por todo meio necessário

Ele suga nosso sangue
E cospe quando convém
Fascista miliciano
Diz que é cidadão de bem
Carne preta nesse açougue
A mais dura que se tem
Pergunta que não se cala
Quem parasita quem?

Ele suga nosso sangue
E cospe quando convém
Fascista miliciano
Diz que é cidadão de bem
Carne preta nessa porra
A mais dura que se tem
Pergunta que não se cala
Quem parasita quem?

Raiva é dádiva, dívida é histórica
Fogo na fábrica, culpa católica, não tem no estoque
Ação e tática, nazis em cólica, teoria prática
Com nossa ótica, quebrem as máquinas, de moer pobre
Quem vem de lá tem que jogar 10 nas onze
Esquivando de vírus e tiros, lembra cento e onze
Número revela e pouco esconde
Dignidade pro meu povo ainda passa longe
A cada esperança nossa, pra eles um medo novo
Pretin de asa, livre e com voz é mais perigoso
Querem nos ver na merda, servindo e na deprê
Tipo família brasileira lá da tela do Debret
Pode crer, o filme é triste e violento
Mundano, cotidiano e quem dirige tá atento
Mas tamo também, fazendo nosso movimento
Fúria e ritmo, corre legítimo, no fundamento

Ele suga nosso sangue
E cospe quando convém
Fascista miliciano
Diz que é cidadão de bem
Carne preta nesse açougue
A mais dura que se tem
Pergunta que não se cala
Quem parasita quem?

Ele suga nosso sangue
E cospe quando convém
Fascista miliciano
Diz que é cidadão de bem
Carne preta nessa porra
A mais dura que se tem
Pergunta que não se cala
Quem parasita quem?

Hein?
Quem parasita quem?
Quem?
Quem parasita quem?
Quem?
Quem parasita quem?
Pergunta que não se cala
Quem parasita quem?
Quem?
Quem parasita quem?
Quem?
Quem parasita quem?
Pergunta que não se cala
Quem parasita quem?

Compositores: Felipe de Sousa Carneiro (Nyl Mc), Kaio Phelippe Santos Coelho
ECAD: Obra #29091348 Fonograma #24326495

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