Os Amanticidas
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Na Beira do Sono

Os Amanticidas

Os Amanticidas


Suor frio tremedeira palpitação
Seu vulto no fundo do salão
Me assombram por todos os lados
Fantasmas rancores passados
Fundos de poços nos quais já nadei

Me perco nos corredores
Tropeço nos restos de amores
Me escondo debaixo da fronha
Cheirando a suor e vergonha
Poças amargas nas quais já pisei

Parado na beira do sono
Cercado por esse abandono
Calado de tanto que tenho pra dizer
Deitado no escuro do mundo
Não amo não como não durmo
Mas não te peço perdão
Porque

Sangue frio corredeira vertigem pavor
compulsão
Sua voz que se arrasta pelo chão
Escorrem por baixo do estrado
Os cacos cortantes quebrados
Pedaços do espelho que um dia eu mirei

A culpa rói os cobertores
Evito nos gestos suas cores
Me enredo na teia da aranha
Cheirando a tristeza e peçanha
Passos de alguém que um dia eu sonhei

Trançado no quarto insone
Ouvindo no vento seu nome
Calado de tanto que quero gritar
Deitado no escuro do mundo
Não amo não como não durmo
Mas não te peço perdão porque

Compositores: Joao Cerruti de Arruda Sampaio (Joao Sampaio), Joao do Val Rodrigues (Joera Rodrigues), Lucas Feo Frazao (Lucar Feo Frazao), Alex Huszar (Os Amanticidas)
ECAD: Obra #14517040

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