Os Dois Mineiros
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Carreiro de Tutano

Os Dois Mineiros


Vazante é uma cidade
No interior mineiro
Lá reside uma família
Tradicional de carreiros
Eram sete e o avô
Deixou ali pros herdeiros
É a família Correia
Povo unido e guerreiro
Comunidade Cachoeira
No Vale das Pedreiras
De longe pode se ouvir
O tombo da cachoeira

Sebastião Valeriano
Conhecido Tião Correia
Um carreiro destemido
Que não era brincadeira
A boiada que amansava
Era toda de primeira
Seu carro era bem feito
Do assoalho até a esteira
E o que ele mais gostava
É quando o seu carro cantava
Lá nas grotas ecoava
O som das suas cantadeiras

Seu destino foi barrado
Por um dos bois traiçoeiro
Numa infelicidade
Levou um coice certeiro
No leito de um hospital
Foi seus dias derradeiros
Seu carro silenciou
Naquele estradão mineiro
Vai ficar a sua imagem
De um homem de coragem
Foi a última viagem
Desse ilustre carreiro

Festa de carro de boi
É tradição que comemora
Na frente vai um carreiro
Levando Nossa Senhora
Cachoeira ficou triste
Quando o Tião foi embora
Mas hoje ele descansa
Lá no seu reino da glória
Ele foi por muitos anos
Um carreiro de tutano
Sebastião Valeriano
Deixou seu nome na história

Compositores: Almezino de Souza Lima (Almezino), Antero de Souza Lima (Mineiro)
ECAD: Obra #26768778 Fonograma #16673522

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