Nasci na pampa azulada e da minha terra eu sou peão Estampa de índio campeiro que foi criado em galpão Gosto do cheiro do campo e do sabor do chimarrão E de dobrar boi brabo a pealo nos dias de marcação
Gosto de fazer um potro se cortar na minha chilena Pra sentir o sopro do vento me esparramando a melena Pra sentir o sopro do vento me esparramando a melena
Meu sistema de gaúcho é mais ou menos assim Uso um tirador de pardo arrastando no capim Uso uma bombacha larga com feitio do melhor pano E um trinta ao correr da perna com um palmo e meio de cano
Gosto de fazer um potro se cortar na minha chilena Pra sentir o sopro do vento me esparramando a melena Pra sentir o sopro do vento me esparramando a melena
Crinudo que sacode arreio engancho só na paleta Pois as esporas que eu uso tem veneno na roseta Tenho um preparo de doma trançado com perfeição Pra fazer qualquer ventena saber quem é este peão
Gosto de fazer um potro se cortar na minha chilena Pra sentir o sopro do vento me esparramando a melena Pra sentir o sopro do vento me esparramando a melena
O dia em que eu não puder agüentar mais o repuxo Talvez o Rio Grande diga lá se foi mais um gaúcho Mas enquanto eu tiver força laço domo e tranço ferro E na invernada do mundo mais um rodeio eu encerro
Compositores: Valter Antonio de Souza (Walter Morais), Jose Joao Sampaio da Silva (Joao Sampaio), Euclides Moreira Alves (Quide Grande) ECAD: Obra #2236302 Fonograma #30270