Os Serranos
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Criado Em Galpão

Os Serranos


Nasci na pampa azulada e da minha terra eu sou peão
Estampa de índio campeiro que foi criado em galpão
Gosto do cheiro do campo e do sabor do chimarrão
E de dobrar boi brabo a pealo nos dias de marcação

Gosto de fazer um potro se cortar na minha chilena
Pra sentir o sopro do vento me esparramando a melena
Pra sentir o sopro do vento me esparramando a melena

Meu sistema de gaúcho é mais ou menos assim
Uso um tirador de pardo arrastando no capim
Uso uma bombacha larga com feitio do melhor pano
E um trinta ao correr da perna com um palmo e meio de cano

Gosto de fazer um potro se cortar na minha chilena
Pra sentir o sopro do vento me esparramando a melena
Pra sentir o sopro do vento me esparramando a melena

Crinudo que sacode arreio engancho só na paleta
Pois as esporas que eu uso tem veneno na roseta
Tenho um preparo de doma trançado com perfeição
Pra fazer qualquer ventena saber quem é este peão

Gosto de fazer um potro se cortar na minha chilena
Pra sentir o sopro do vento me esparramando a melena
Pra sentir o sopro do vento me esparramando a melena

O dia em que eu não puder agüentar mais o repuxo
Talvez o Rio Grande diga lá se foi mais um gaúcho
Mas enquanto eu tiver força laço domo e tranço ferro
E na invernada do mundo mais um rodeio eu encerro

Compositores: Valter Antonio de Souza (Walter Morais), Jose Joao Sampaio da Silva (Joao Sampaio), Euclides Moreira Alves (Quide Grande)
ECAD: Obra #2236302 Fonograma #30270

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