A música que vão ouvir é brincadeira Vampiros não existem, mas sim, Existem de outra maneira Alguém suga coisas em você e em mim A morte é igual, falsa e verdadeira Mãe do início, avó-do-fim Que seja a morte o fim da esperança A morte é o beijo que ficou sem graça É a velha que já não dança É quem não gosta de você de graça É o ciúme que devora e cansa É a paixão que te incendeia e passa A morte é a família que te odeia É a inveja de quem você adora Como um sangue que sabota a veia É a tua espera quando alguém demora É o amigo lá da tua aldeia Que esqueceu aonde você mora Que seja a morte a morte de quem você quer bem É o vício de quem espera a sorte Pra quem a sorte nunca vem É a morte de quem vem do Norte E passa a vida esperando o trem É o pai que não diz que te ama Para alguns, Castelo de Vestal Pra mim é quando alguém me engana Para alguns é só ponto final A morte é o quadro-negro com saudade da mão com giz Para alguns é dor Para outros, sossego A platéia vazia é a morte da atriz Por fim, é um brinde a viver sem medo Que a vida compense E que seja feliz
No velho castelo de vestal Entre antigos copos de cristal Bebem os vampiros e os anões À saúde do seu rei Desirée princesa do local Namora com a noite e o temporal Velho inimigo das paixões Levou seu amado rei
A mágica ensina o que a lógica evita Princesa acredita, viver é bom Por mais que pareça que a dor é infinita Princesa acredita, viver é bom Olha princesa, a dor de viver É a dor de não ter a resposta Em seguida do gesto É a dor de não ver o exato contorno Do que se queria enxergar Ah, da pena de ver O sutil descompasso, o total desacerto Entre a água e a sede Entre o peixe e a rede Entre a linha e o ponto E esse tal desencontro, princesa É a dor de viver Queria te dar tanta coisa bonita Princesa acredita, viver é bom
Compositor: Oswaldo Viveiros Montenegro (Oswaldo Montenegro) ECAD: Obra #1099195 Fonograma #24533137