(Falado) Esta canção é para os pais que já perderam um filho, e por isso, brigaram com Deus. Eu não tenho respostas prontas para essa dor! Há feridas que não se curam com pomadas, mas com o tempo. Para eles, que continuam zangados com Deus esta canção!
Admito que eu já duvidei, Depois daquela morte repentina num farol, Depois que dos meus olhos Deus levou A luz do sol, Depois daquela perda sem aviso e sem sentido, Admito que eu já duvidei.
Admito que eu briguei com Deus Porque não respondeu Quando eu lhe perguntei porquê; Ele, que tudo sabe, tudo pode, tudo vê, Parece que não viu, nem escutou Lá no hospital. Admito que eu fiquei de mal!
Doeu demais e, quando dói do jeito que doeu, A gente chora, grita e urra E põe pra fora aquela dor. E desafia o criador e quem se mete a defendê-lo. Comigo não foi diferente do que foi Com tanta gente Que perdeu algum amor.
Briguei com Deus, briguei com Deus E se eu briguei foi por saber que Deus ouvia.
Admito que eu me revoltei; Onde é que estava Deus com seu imenso amor? Se Deus é amoroso, então por que deixou? Por que tinha que ser do jeito como foi? Admito que eu o desafiei, Admito que eu o desafiei, Por não achar sentido no que Deus me fez; E nem me perguntei porque será que o fez. Briguei com quem levara alguém Que eu tanto amei! Admito que eu já blasfemei.
Briguei com Deus, briguei com Deus Briguei com Deus, mas acabei no colo dele.
Admito que voltei pra Deus. E até nem sei dizer porque foi que voltei. Eu acho que voltei porque não me calei. Voltei porque, talvez, não sei viver sem crer. Admito que voltei pra Deus.
Admito que ainda creio em Deus, Mas tenho mil perguntas a doer em mim. Eu tenho mil perguntas para lhe fazer. Espero que ele um dia queira responder!
Ele sabe o que é que eu penso dele. (3x)
Compositor: Jose Fernandes de Oliveira (Pe. Zezinho Scj) ECAD: Obra #62128 Fonograma #22252