Foi concebido numa noite de dezembro E em fevereiro uma mulher chorou sentida Por não amar aquele feto Por não querer aquela vida
E por ser dona do seu corpo Olhou pro ventre e disse: "Não!" Mandou tirar aquele feto E disse "Não!" pra religião
E por ser dona do seu corpo Olhou pro ventre e disse: "Não!" Mandou tirar aquele feto E disse "Não!" pra religião
Todo mundo tem o direito de amar Todo mundo tem o direito de se dar Mas ninguém tem o direito de matar De decidir quem vive e quem não vive
Todo mundo tem o direito de amar Todo mundo tem o direito de se dar Mas ninguém tem o direito de matar De decidir quem vive e quem não vive
Feto não é bicho, feto vai ser gente Ainda não é gente como nós Mas não é foca, nem baleia, nem é zebra Se perguntado, ele diria: "Por favor, deixa eu nascer!" Se perguntado, ele diria: "Por favor, deixa eu nascer!"
Foi concebido e não criado Foi concebido e descartado Como um intruso indesejado Não foi bem-vindo e não nasceu Foi bem assim que aconteceu
Compositores: Pe. Zezinho, ScjPublicado em 2003 (15/Dez) e lançado em 2003 (17/Set)ECAD verificado fonograma #661742 em 14/Abr/2024 com dados da UBEM