Quem nunca teve um filho se abstenha de julgar Um coração de mãe ou pai Que vê seu filho lentamente se perder E já não sabe o que fazer
Quem nunca teve um filho não se apresse a condenar Mesmo se a culpa for dos pais É muito triste ver um filho se perder E não saber o que fazer
Quem tem um filho tem no peito uma aflição Que dói mais forte quando o filho está no chão Quem tem um filho não espera acontecer Ser pai ou mãe pelo que eu vejo é preceder
É quase um céu quando este filho está feliz Mas se este filho não acerta o seu caminho É uma tristeza que dá pena a gente ver!
Quem nunca teve um filho não se faça de juiz Quando o assunto é conceber É diferente o palpitar de um coração Que deu à luz um novo ser
Quem nunca teve um filho contribua sem julgar Ao refletir sobre um casal É muito triste amar alguém e desamar E não saber recomeçar
Quem tem um filho pense num adeus total Dói muito mais ser órfão vivo de um casal Quem tem um filho não se apresse a decidir Ser pai ou mãe é mais chegar do que partir
Fere demais a dor de um lar que foi ao chão Mas quem gerou não vai embora e não desiste O choro é triste, mas é choro de perdão
Luiz Leandro Camocim (Pe)
Compositor: Jose Fernandes de Oliveira (Pe. Zezinho Scj) ECAD: Obra #11194442