Retrospectiva Há mais de vinte e cinco anos Neste mesmo rio e nesta mesma ponte Sentou-se um jovem sonhador olhando O sol nascer na linha do horizonte As águas eram cristalinas e aquelas Colinas verdejantes A vida em torno borbulhava e a criação Cantava alegra e radiante Ai, o tempo voa A gente corre à toa E esquece de viver Ai, da mesma ponte A linha do horizonte Eu já não posso ver Ai, a gente corre Enquanto a vida morre Pra nos dar lugar Ai, o mesmo rio Corre tão vazio Que até faz chorar O pássaro que ali cantava Se tem descendentes Os levou embora O peixe que a gente pescava As águas encardidas Puseram pra fora As fábricas foram chegando E logo devastando o verde que se via Os homens foram construindo A vida que existia Depois de vinte e cinco anos Nesta mesma ponte Eu olho à minha frente Me sento triste e pensativo Em busca de um motivo Pra ficar contente Relembro com quanta alegria A gente convivia com a natureza Agora a selva é de cimento E por isto eu lamento E canto com tristeza
Compositor: Jose Fernandes de Oliveira (Pe. Zezinho Scj) (ABRAMUS )Editor: Instituto Alberione (ABRAMUS )ECAD verificado obra #24369 em 04/Abr/2024 com dados da UBEM
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