Paiozinho e Zé Tapera

Mulher de Ninguém

Paiozinho e Zé Tapera


Como eu posso ser feliz em minha vida
Vivendo ausente da mulher eu mais amei
Com tristeza eu recordo a despedida
Daquela ingrata com quem eu tanto sonhei

E sozinho hoje eu entro no meu quarto
Esta saudade faz os meus olhos chorar
O meu consolo é beijar o seu retrato
Enquanto os outros no seu rosto vão beijar

Ela tem tudo que sonha neste mundo
O seu desejo era viver na liberdade
Também em um peito este golpe tão profundo
Deixando em mim a cicatriz da falsidade

Beijar a aliança que ela ainda traz no dedo
Foi recebida de joelho em frente ao altar
A lei divina foi pra ela um brinquedo
Indo pra lama desprezando seu próprio lar

Hoje ela vive de boêmios rodeada
Trocando abraços por um copo de bebida
Todos se afastam quando chega a madrugada
Fica sozinha maldizendo a própria vida

Mesmo o seu rosto nem esconde mais a magoa
Olha a aliança que é o espelho do passado
Chama o meu nome com os olhos rasos d’agua
E pouco a pouco vai pagando o seu pecado

Compositores: Benedito Onofre Seviero (Benedito Seviero), Ludovico Colognes (Paiolzinho)
ECAD: Obra #23740

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