Estava a tôa na vida, quando o meu amor me chamou Pra verde rosa mais querida, com a Mangueira eu vou Na roda viva da vida, me despedi da dor A passarela ficou mais bela, na poesia e na paixão Chico Buarque, o que será que me dá, se eu canto o seu refrão Eu chego as lágrimas com as suas páginas São feito pétalas de flor Eu fico atônito, com esse espetáculo Eu fico bêbado de amor Hoje o meu samba saiu De olhos verdes flores rosas e vestiu Nesse palco a branca luz do refletor E a mangueira ficou tricolor Politheama de paixão Quem te viu e quem te vê, é um coração Transbordando à flor da pele, é a razão Que se opõe às forças da opressão E a hora de dividir vai chegar E a fome do meu guri vai passar E o povo olha aí vai gritar, que é outro dia No dia em que essa terra dos sem terra Fizer justiça de verdade ao seu trabalhador No dia em que essa terra dos sem terra For como o sonho do escritor, do samba e do amor Olê ,olê, olê, olê, olê, olá Tô pedreiro, tô poeta Tô sem terra, tô Mangueira Olê, olê, olê, olê, olê, olá Tô que é só felicidade Tô guri pra vida inteira
Compositores: Edmundo Rosa Souto (Edmundo Souto), Paulo Tapajos Gomes Filho (Paulinho Tapajos), Moacyr da Luz Silva (Moacyr Luz) ECAD: Obra #4206121