Conheço Paulino Neves desde moleque Sempre cantando samba de malandro Agora vamos mandar esse samba de breque Que pra lembrar do tempo que eu estou falando
Assim sincopado, bem malandreado Senão Nenê eu saio do compasso Vim do Rio nessa madrugada Vou passar lá na bocada pra te dar um abraço Fiquei sabendo o Jorge me falou Que tá botando pra quebrar na Galeria Pajé Atravesso a Treze um milhão de vezes Qualquer hora eu passo lá pra tomar um café Trocar idéia a respeito do samba Muitas lembranças o encontro nos traz Boteco da esquina foi reduto de bamba Que tempo bom que não volta mais
Quanto mais vive mais a gente aprende O mundo do samba não é brincadeira Apesar das nuances que ele compreende Não pode ser feito de qualquer maneira Aqui vai minha homenagem Pelo que tem feito pela molecada Ensinando sempre sua malandragem Garimpada em tantas madrugadas Em companhia do seu cavaquinho Dedicação de uma vida inteira Meu agradecimento e nosso carinho Por ter conservado a nossa bandeira