As vitrines estão sempre acesas A paz é feita de pequenos crimes E de muros cada vez mais altos Aguardando grandes assaltos
Vigiados todos nós estamos calmos
Não podemos ler as placas e os out-doors Não teremos filhos, netos Não tivemos pais e avós
A paz é inútil para nós A paz é o que não podemos ter Que a paz esteja com você
A paz com todas as forças Prá deixar tudo como está Na TV, na vitrine, no cartaz Não se deve perturbar a paz
Fique em paz!
Ao som dos alarmes Homens e mulheres armados Cães e crianças brincando com armas A paz com todas as forças
Fique em paz A paz é inútil para nós Fique em paz Que a paz esteja com você
A paz está por trás de doces palavras E lenços brancos e buquês de flores Pairando no ar sobre o mar Num amanhecer em algum lugar É dia das crianças, reveillon, natal Dia de graças, das mães, dia de sol
A paz é inútil para nós A paz é o que não podemos ter Que a paz esteja com você
Fique em paz! A paz é inútil para nós Fique em paz! A paz é o que não podemos ter Fique em paz! Há paz onde não podemos ir Fique em paz! A paz é inútil para nós A paz é o que não podemos ter Que a paz esteja com você Fique em paz!
Compositor: Paulo Roberto de Souza Miklos (Paulo Miklos) ECAD: Obra #2407 Fonograma #2423639