O rio, cidade que é sede Dos jogos do amor, excede Em convites que são mais de mile vão do mais óbvio e vil
Ao mais tênue, mais sutil, E fazem do rio o rio. E quem teme ou não topa o que é bom Do leme até o leblon E em copa do réveillon, Do posto 6, de drummond?
Do sambódromo do semi-nu, De um carnaval com glamour, A um discreto grajaú, Sempre se rompe um tabu.
A beleza da força no ar Da natureza invulgar Desse lugar singular Convida-nos a amar. O rio, cidade com sede De fogo de amor, concede
Liberdade para azaração, Points, mato de montão Para caça e pegação. Praia, praça, calçadão. Ipanema de cada sereiagata sarada na areia, De tanta bandeira gay a Fazer olhar quem vagueia. O ao redor da rodrigo de freitas, Onde tu, amigo, espreitas Perfis e pernas perfeitas Sonhando com quem te deitas. E quem quer ficar só, por azar?
Lá na lapa em cada bar, Ao som do samba no ar, Sorte de quem azarar! O rio, cidade que é sede Dos jogos do amor, se excede Na cachorra do morro que excita O baile em que ela exorbita No sexo que se explicita No funk que ela exercita.
Mas o cristo afinal redentor Vem abençoar o suor De um par adorando o pôr Agora no arpoador. A visão da baía que é duca Causa a vertigem maluca E eu quase morro da urca
Ao pico do pão de açúcar. Uma louca sugesta no ar, De festa a se preparar, De êxtase par a par, Convida-nos a ficar.
Compositores: Pedro Luis Teixeira de Oliveira (Pedro Luis), Carlos Aparecido Renno (Carlos Renno) ECAD: Obra #31607626 Fonograma #2467555