"Seu gringo, faça silêncio Vai cantar um missioneiro E prá não dar entrevero E o baile ficar suspenso Pode guardar seu dinheiro Que eu vou falar o que penso!" (declamado).
Lá da américa do norte Se vieram para os confins Trazendo a fome e a morte Muito pior que graxaim E hoje, por toda parte Mudam tim - tim por tim - tim Palheiro tem fumo "lights" E a bombacha virou "jeans" Palheiro tem fumo "lights" E a bombacha virou "jeans".
Trazem o povo à cabresto Pela tal televisão A ganância não tem preço Nessa maldita invasão Viram o mundo do avesso Pesticida, poluição E se dizendo progresso Querem tomar o galpão E se dizendo progresso Querem tomar o galpão.
A evolução sem limites É que arrebenta a represa Levando tudo que existe Na força da correnteza Onde o "tio sam" dá palpite Não resta pão sobre a mesa Pois nenhum povo resiste À morte da natureza Pois nenhum povo resiste À morte da natureza.
Há muito sobem a rampa Tapados de cerimônias Nossa conta virou trampa Sem a menor parcimônia A mesma história se acampa Onde a gringada se adona Estão com um pé na pampa E as duas mãos no amazonas Estão com um pé na pampa E as duas mãos no amazonas.
Seu gringo, perca o entono Pois mate não é café E o cepo nunca foi trono De misterzinho qualquer Por isto, não perca o sono E pode ir dando no pé Porque esta terra tem dono Desde os tempos de sepé Porque esta terra tem dono Desde os tempos de sepé Porque esta terra tem dono Desde os tempos de sepé.