Pedro Ortaça
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Nas Torrentes Dos Meus Versos

Pedro Ortaça


Nas Torrentes Dos Meus Versos

Em cada verso que desembreto do peito
Levo a meu jeito sentimentos campo a fora
Que se afloram por nascentes que nem sei
Voando livres qual os pássaros na aurora

São versos xucros que jamais serão domados
Nem aramados conterão o seu destino
Igual meninos andam livres por aí
São como eu que não nasci pra ser mandado

Mas muitos cantam para o agrado dos senhores
Sem ter valores fantasiados de nativos
São corrosivos das sementes da querência
E sem essência vão formando seguidores

Mas o que importa é que eu cante a toda voz
Os sentimentos que buscam mais igualdade
Para que sempre o meu canto faça foz
Quando encontrar um canto de liberdade

Cantos as raízes da essência do meu pago
Por isso eu trago nas torrentes que carrego
Um sentimento tão gaúcho e missioneiro
E vou peleando para ver se não me entrego

Eu seguirei cantando pelos caminhos
Plantando flores para nascer novas sementes
Pra que o futuro não seja feito de espinhos
E um canto livre faça de mim sua vertente

Nunca se entrega quem tem anseios maiores
Pala cultura desta pátria, deste chão
Que nossa luta resulte em dias melhores
Para os que plantam sementes no coração.

por nelson de campos

Compositores: Pedro Marques Ortaca (Pedro Ortaca), Jorge Enio Pinto dos Santos (Jorge Enio)
ECAD: Obra #1033018 Fonograma #644994

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