Tenho semeado nas rimas, Aromas de pasto e flor, Com lições de corredor -Brados de paz contra a guerra- E uma certeza, que encerra, No tino de andar sozinho, Chegar ao fim do caminho E devolver-lhe pra terra!
Porque os pendores campeiros Que este meu verso eterniza, É alma que se enraiza Firmando a crença de um povo; E, às vezes, quando removo O Baú dos meus anseios, Me sinto sobre os arreios Fazendo Pátria de novo.
Orquetado tempo afora Repenso o que a vida ensina, E a resistência da crina Onde o meu canto se agarra, São as cordas da guitarra Afinadas todo o ano Com diapasão de minuano Ou com vozes de cigarra
Extraviei pelas distâncias Pedaços do que juntei; E os assovios que deixei Para entreter as demoras, Sonorizando as auroras Nos horizontes tranqüilos, Renascem cantos de grilos Nas rosetas das esporas.
Por entender aos que sofrem “Basteriei” os sentimentos, Sempre embuçalo momentos Que tironeiam meu ser; Isso me fez aprender Que os lançamentos da ternura: São luzes pra quem procura Um rumo para crescer.
Sempre pensei que ser grande É ter purezas por dentro E a verdade como o centro -Esteio pras emoções- Balizando as decisões Com a razão desarmada Sem “trampas” e mastilhadas Nas trilhas dos corações
Eu sei que há de ficar A minha voz nos galpões Pras vindouras gerações Que nascerão neste solo. E, por isso, me consolo, Pois nas verdades que trago, Anda a esperança do pago Pelos embalos de colo!
Compositores: Pedro Marques Ortaca (Pedro Ortaca), Eron Vaz Mattos ECAD: Obra #192929 Fonograma #18929