Seu delegado, vim trazer meu “revorvinho” Que eu ganhei do meu padrinho quando me tornei rapaz E há trinta anos mora na minha cintura Escorando a vida dura de tropeiro e capataz Esse “revórve” nessas voltas do destino Já salvou muito teatino de apanhar sem merecer Botou respeito sem precisar falar grosso Com ele, muito alvoroço, não deixei acontecer
Mas deu no rádio que ninguém pode andar armado Fui no rumo do povoado, vim tirando a conclusão Que fiquei louco ou não entendi a notícia Pois pensei que a polícia desarmava era ladrão
[ Ô mundo véio, que tá virado Seu delegado, preste atenção Vê se devolve o “revórve” do tropeiro Vai desarmar desordeiro e deixa em paz o cidadão ]
Seu delegado, se um ladrão bater na porta Devo fugir pela outra, me arresponde sim senhor E se um safado me “desrespeitá” uma filha Quem vai defender a família de um homem trabalhador É muito fácil desarmar que é direito Quem tem nome e tem respeito, documento e profissão Muito mais fácil que desarmar vagabundo Desses que andam pelo mundo fazendo mal criação
Pra bagunceiro o país tá encomendado O povo tá desdomado, e quem manda faz que não vê Nosso governo quem tem que prender não prende Não vigia, não defende, não deixa se defender [ ]
Compositores: Luiz Carlos do Nascimento Borges (Luiz Carlos Borges), Mauro Raimundi Ferreira, Valdir Amaral Pinto (Valdir Amaral) ECAD: Obra #3066369 Fonograma #831690