Entre todos os anseios que minha alma tem Existem os bons, os ruins, tudo que sonhei Aquilo já vivi ou nem realizei As promessas que cumpri as promessas que quebrei Tudo que planejei, gostei ou desgostei Quando me senti plebeu, quando me senti um rei Do choro da ilusão, ao pranto de amargura Da fartura do oasis pra aridez e secura do deserto O ódio e o amor convivem de perto Um mar de desgosto, um mar de rosas Conversas duras, línguas espinhosas Lembranças macias de tardes gostosas Temos dias exuberantes noites majestosas Ações catastróficas, bagunçando as órbitas Razões nem tão lógicas destroem o equilíbrio A vida caótica do pai e do filho O passeio tava bom até o trem sair do trilho De toda lembrança que habita nas salas Nos quartos da mente e do coração Mandei o bem para o sótão e o mal pro porão
Minha alma é triste, mas é feliz A noite vem passo a passo Os dias se vão e eu não passo O amor se vai como água barrenta A vida é breve, mas é lenta
Eu quero plantar uma semente do bem Pra quando o fruto brotar abençoar alguém Que vive assim querendo ser feliz Errando por pouco e acertando por um triz Suspirando pelos cantos Devorado pelo pranto da tribulação Que também produz bom animo e gera alegria Que faz valer o dia da motivo pra acordar Só chorar e reclamar eu sei que não adianta A estrada da felicidade é uma trilha longa Então põe-se no caminho levanta e anda Descubra logo o significado Por que uns dias tão felizes E outros entediado, suporte o fardo Do misterioso enigma indecifrável Aprenda a arte de viver desse jeito Uma hora infeliz e na outra satisfeito Outro ano, outro trecho Na estrada da vida a morte é o desfecho Então pague o preço que te condiz Ter uma alma triste que também é feliz
Jesus pediu pro nosso pai afastar aquele cálice Confiou na apólice, acreditou na prophecy Cheio de aflição mas não desceu da cruz Suportou pelo amor que até hoje conduz Corpos cansados é o que se deduz Que nenhum homem faz jus a redenção que tem Mesmo assim ele vêm e liberta o refém Igual a mim, igual a nós ele chorou também Pois quem ama sofre, o amor não poupa ninguém Vide palestina e jerusalém Entre o bem, entre o mal, entre o céu e o inferno Que entre na alma o alivio eterno Aquilo que passou nunca mais volta a cena Debruce na mesa, estude o problema Santo espírito tu sabes o quanto eu quis Separar a parte triste daquela que é feliz
Compositor: Luciano dos Santos Souza (Pregador Luo) ECAD: Obra #13211093 Fonograma #11837375