Preto no Branco

Eu Sou a Voz

Preto no Branco


Eu sou a voz que clama
Eu sou o povo sofredor
O grito de socorro
Eu sou a voz do povo

Eu vou olhando para o céu
De lá vem solução
Derrama por favor
Porque aqui embaixo o amor já esfriou

Pandemia, Guerra Fria dentro da televisão
Na favela a gente sofre Sem saúde e sem educação
Preconceito e política Dividiu uma nação
E a pureza da criança Enterrada no caixão
Quem precisa não tem pão
Quem precisa não tem pão
Quem tem pão não dividiu
A verdade do Brasil

Nem só de pão viverá o homem
Mas a palavra pode transformar
O coração é a terra fértil
Tem que regar para germinar
O amor é a fonte precisamos praticar
E parar de tanta hipocrisia
Porque o remédio é amar
E parar de tanta hipocrisia
Porque o remédio é amar

Barulhos ecoam do alto do morro, são tiros, ruídos, gritos de socorro
Lobato que trouxe a Eugênia pra noiz, racismo velado a mente Albatroz
Fugir é impossível com a alma sangrando
Grades invisíveis, o amor esfriando, plantaram em nós essa falsa esperança
E deram um but em nossas lembranças
Kichute no pé e a inocência no peito, no chão de cascalho tô daquele jeito
ajuda empurrar que só pega no tranco e ache a simetria entre os nulos e os brancos
Eu ouço choro das tia e os ronco das almas vazias
na esperança de que a pátria amada volte ser gentil como ela foi um dia

Compositor: Lua Freitas Santos (Lua Freitas)
ECAD: Obra #30390737 Fonograma #24482074

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