Eu sou a voz que clama Eu sou o povo sofredor O grito de socorro Eu sou a voz do povo
Eu vou olhando para o céu De lá vem solução Derrama por favor Porque aqui embaixo o amor já esfriou
Pandemia, Guerra Fria dentro da televisão Na favela a gente sofre Sem saúde e sem educação Preconceito e política Dividiu uma nação E a pureza da criança Enterrada no caixão Quem precisa não tem pão Quem precisa não tem pão Quem tem pão não dividiu A verdade do Brasil
Nem só de pão viverá o homem Mas a palavra pode transformar O coração é a terra fértil Tem que regar para germinar O amor é a fonte precisamos praticar E parar de tanta hipocrisia Porque o remédio é amar E parar de tanta hipocrisia Porque o remédio é amar
Barulhos ecoam do alto do morro, são tiros, ruídos, gritos de socorro Lobato que trouxe a Eugênia pra noiz, racismo velado a mente Albatroz Fugir é impossível com a alma sangrando Grades invisíveis, o amor esfriando, plantaram em nós essa falsa esperança E deram um but em nossas lembranças Kichute no pé e a inocência no peito, no chão de cascalho tô daquele jeito ajuda empurrar que só pega no tranco e ache a simetria entre os nulos e os brancos Eu ouço choro das tia e os ronco das almas vazias na esperança de que a pátria amada volte ser gentil como ela foi um dia