Sujo de horror, trajado em sedas cruas O Inferno passou sob a lua branca. Agora impera na noite o uivo de alguém: Na noite sem ninguém, ela chora louca.
Eu tento abrir seus braços para lhe abraçar No escuro da noite. Eu tento abrir meus braços para lhe alcançar No silêncio da noite.
Ela estava tão linda, tão linda quanto uma canção. Rasgaram-lhe a carne com fome e maldade. Esta mulher hoje dança a dança da dor E nada mais. E nada mais.
Eu tento abrir seus braços para lhe abraçar No escuro da noite. Eu tento abrir meus braços para lhe alcançar No silêncio da noite.
Agora sangue e chuva escorrem pelo frio do seu cabelo, E sua alma rachou, e não vê mais o sol. Esta mulher bebe a dor com seus lábios azuis. Séculos passam, mas as horas não passam.
Eu tento abrir seus braços para lhe abraçar No escuro da noite. Eu tento abrir meus braços para lhe alcançar No silêncio da noite.
Eu tento abrir meus braços pra lhe proteger Do silêncio da noite. Tento, mas tudo o que vejo é você a correr Pro escuro da noite.