Quinto Andar

Madruga

Quinto Andar

Piratão


...( ‘ uuurrrruuu !!!, fala baixo nehh, o povo tá durmindo ' )

Em cada esquina tem
Cada rua da cidade
Ausência de buzina da espaço a tranquilidade
Observe a lua que anula a sua ansiedade
Inspira a escrever rimas com única finalidade

Jurar fidelidade e lealdade
A quem me faz refletir e persistir pra não parar pela metade
De dia se ta no caos e de noite outra realidade
O perigo está ai escapar dele e pra quem sabe
Sirenes, tiros, alguém foi ferido à bala
E o que fala por ai mais quem viu tudo se cala

Silêncio é arma, o céu é calma, e o resto é karma
Todos em casa, madruga é alma, na rua é sarna
Eu conheço cada hora que passa como palma da minha mão
Acho um discuido vou encontrar refúgio ao olhar pro céu com toda atenção
Pq se o céu olhar pra baixo só vai ver sangue no chão

Verdade verdadeira a compor tumultos com os planetas
Eu te mostro meu amor se me mostra as estrelas
Quem dera eu morrer podendo velas
Com as mesma vistas que quando crianças queriam telas

Por o universo dentro de um pote
A nebulosa brilha forte
Me desejando uma boa sorte
Para o dia que vem
Quem sabe até lá eu não estou no além
O sono já chegou me sinto incrivelmente bem

Na madruga se assustam com as próprias sombras
Com todos os Sentidos aguçados e instintos animais atiçados
Em casa alguns cansados repousam em quanto isso
Criaturas da noite pousam em seus ninhos
Se cortam caminhos
Em Buscas de segurança as luzes me alinho
Dependendo onde estiver a mente inquieta como um redemoinho
Se vê mais do que se pode é o que espera
Enquanto o ônibus espera belas se revelam feras
Se vê violências por meras coincidências de rotas
Se vê tanto sangue e porrada
Na madruga rabugento quanto que a tristeza fugenta o corpo se esgota
Na pista aqui tenta que o risca
Através da vista
Esperando teu posto em visa
Tendo em vista um despir despir-se
E com todos fora da lista
As horas conta pra ver
O sol que desponta a leste
E não se desaponta
Se aprovei um pouco de sereno que reste

Dia, noite madruga matina
O sol já ta nascendo ainda to pensando na rima
Tarde da noite madruga na esquina
Reflexões, insônias, problemas, rotinas

Dia, noite madruga matina
O sol já ta nascendo ainda to pensando na mina
Tarde da noite madruga na esquina
Reflexões, insônias, guerra contínua

Na madruga tem maluco que te aluga com suas lástimas
E nos seu ombro enxuga as lagrimas
Pois julga drástica as medidas que a vida toma
Durante o dia não espera meia noite pra pegar o expresso e iniciar sua fuga
Magoas se afogam em um copo e até a ultima gota se suga
E continua a saga cego
É por isso que de muitos me disapego
De fino saiu e tropeço em fatos
E caiu na real até o raiar do astro
Que dela não deixa mais rastro
Claridade surge no céu como bandeira erguida por um mastro
Indicando um turno que se volta correr risco como um dos scratch de castro.

São duas da manhã na porta de casa
Fazendo fumaça, rua vazia e mente cheia de cachaça
Largado no meio fio, clima meia frio em pleno rio
Não a nem um pio então pelo silêncio me guio
Confuso com tudo que tem acontecido
Tento ter tudo esclarecido
Relatando os fatos pra um amigo
Procuro soluções para que acho que é um caso perdido
Que me encontrou e agora eu fui esquecido
São só eu corujas, morcegos e ratos gatos pardos
E gatunos andando pelos telhados
Cacos de vidro quebrados
E o vizinho sai de sua casa assustado
Pra saber o que à de errado
Em e poder dormir sossegado
Não há nada
Por isso que eu amo a madrugada
Por que quando o sol subiu tudo chega e a paz acaba
E só roncos de carros deixando as vozes abafadas
Britadeiras e formigas esmagadas nas calçadas
Mais depois do ritmo noturno
Pra que, gosta do turno
Com caderno e caneta no meu quarto eu me infurno
Eu vou rumo ao verso
Eu estudo e converso
Em voz alta e assim eu posso ver se tudo ta certo
A madruga inspira o som a ficar puro e completo
E arrogante com coturno a jogar sujo e perverso
Me inspira a fazer letras
Também a fazer tretas
Um mora um e pra quem a deixar
E maravilha pra quem deixa.

Dia, noite madruga matina
O sol já ta nascendo ainda to pensando na rima
Tarde da noite madruga na esquina
Reflexões, insônias, problema, rotinas

Dia, noite madruga matina
O sol já ta nascendo ainda to pensando na mina
Tarde da noite madruga na esquina
Reflexões, insônias, guerra contínua

Dia, noite madruga matina
O sol já ta nascendo ainda to pensando na rima
Tarde da noite madruga na esquina
Reflexões, insônias, problema, rotinas

Dia, noite madruga matina
O sol já ta nascendo ainda to pensando na mina
Tarde da noite madruga na esquina
Reflexões, insônias, guerra contínua

Compositores: Conrado Costa Silva Vieira (Shawlin), Thiago Augusto Gomes Rodrigues (Materia Prima)
ECAD: Obra #1525729 Fonograma #824248

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