Júri Racional
Você não tem amor próprio, fulano!
Nos envergonha, pensa que é o maior
Não passa de um sem vergonha, se ousar!
Ouse só definir sua personalidade
Mas é inferioridade o que você sente no fundo
Dá aos racistas imundos
razões o bastante
pra prosseguirem nos fodendo como antes
Ovelha branca da raça, traidor!
Vendeu a alma ao inimigo, renegou sua cor!
Mas nosso júri é racional, não falha!
Por que?
Não somos fãs de canalha!
Existe um velho ditado do cativeiro que diz
que o negro sem orgulho é fraco e infeliz
Como uma grande árvore que não tem raiz
Mas se assim você quis, então terá que pagar!
Porém agora os playboys, querem mais é que se foda!
Você e e a sua raça toda!
Eles nem pensam em te ajudar!
Então! Olhe pra você e lembre dos irmãos!
Com o sangue espalhado, fizeram muitas notícias!
Mortos na mão da polícia, fuzilados de bruços no chão
Me causa raiva e indignação
a sua indiferença quanto à nossa destruição!
Mas, o nosso júri é racional, não falha!
Não somos fã de canalha!
As vagabundas que você a vida toda elogiava
Se divertem hoje, e riem da sua cara
Aquelas vacas usufruíram
usaram do pouco que você tinha
até a última gota!
No entanto, não há outra
E agora?
Você foi desprezado, jogado fora!
Você não precisa delas!
Se existem negras tão belas, e pode ter as melhores
Por que ficar com as piores?
Burguesas cadelas! (pode crer)
estou falando sobre a nossa autoestima
você despreza seu irmão, não da a mínima!
Mas nosso júri é racional, não falha!
Não somos fã de canalha!
"Aqui é o Mano Brown, descendente negro atual
Você está no júri racional e será julgado, otário!
por ter jogado no time contrário
O nosso júri é racional, não falha
Não somos fã de canalha
Prossiga mano Edy Rock e tal. "
Gosto de Nelson Mandela, admiro Spike Lee
Zumbi, um grande herói, o maior daqui
São importantes pra mim, mas você ri e dá as costas
Então acho que sei da porra que você gosta
Se vestir como playboy, frequentar danceterias
agradar as vagabundas, ver novela todo dia
que merda!
Se esse é seu ideal, é lamentável!
É bem provável que você se foda muito
você se auto-destrói e também quer nos incluir
Porém, não quero, não vou, sou negro, não posso
não vou admitir!
De que valem roupas caras, se não tem atitude?
E o que vale a negritude, se não pô-la em prática?
A principal tática, herança de nossa mãe África!
A única coisa que não puderam roubar!
Se soubessem o valor que a nossa raça tem
tingiam a palma da mão pra ser escura também!
Mas nosso júri é racional, não falha!
Não somos fã de canalha!
O nosso júri é racional, não falha!
Não somos fã de canalha!
Eu quero é nos devolver o valor, que a outra raça tirou
Esse é meu ponto de vista. Não sou racista, morou?
E se avisaram sua mente, muitos da nossa gente
mas você, infelizmente
sequer demonstra interesse em se libertar
Essa é a questão: autovalorização
Esse é o título da nossa revolução
Capítulo 1
O verdadeiro negro tem que ser capaz
de remar contra a maré, contra qualquer sacrifício
Mas com você é difícil: você só pensa no seu benefício
Desde o início, me mostram indícios
que seus artifícios são vícios pouco originais
artificiais, embranquiçados demais
Ovelha branca da raça, traidor!
Vendeu a alma ao inimigo, renegou sua cor
Mas nosso júri é racional, não falha!
Por quê? Não somos fã de canalha!
"Por unanimidade
o júri deste tribunal declara a ação procedente
E considera o réu culpado
Por ignorar a luta dos antepassados negros
Por menosprezar a cultura negra milenar
Por humilhar e ridicularizar os demais irmãos
Sendo instrumento voluntário do inimigo racista
Caso encerrado. "
Compositor: Adivaldo Pereira Alves (Edi Rock)
ECAD: Obra #19789548