Fizera pouco em tê-lo deixado Todo quebrado, desfigurado Irreconhecível até pra mãe - "Mãe, olha só que legal, O carro que eu ganhei no natal, Tu que me deu e disse cuidado pra que não arranhe".
- "Menino doido! Tu quebrou até os friso! Tem noção do prejuízo? Acho que teu véi vai te matar". Os olhos dele esperando o carro do ano Um modelo italiano Que acabaram de inventar
Carrão da porra tu pisava ele voava Tu freiava ele ancorava E eu lá dentro a me debater No bate-bate com a cabeça no volante Voei pelo vidro da frente E a raiva preta eu não pude conter
Com o sangue quente cortei a testa Quebrei os dente e toda aquela gente Peste! Não vem ninguém me ajudar Nem se mexiam pior que isso eles riam Teto preto, o tempo fecha
Ozóvo inflama, hora do pau cantar Eu quero é ver o oco Só na mãozada eu deitei seis Mas detestei matar Eu quero é ver o oco Sem controle tocando o fole É hora de dançar
Meu ódio por automotores começou cedo Depois que eu tranquei os dedo Na porta dum opalão Meu pai de dentro se ria que se mijava Achou que o filho festejava Era dia de Cosme e Damião
Depois do dedo foi o braço, a perna, as costas Tu duvida? Bate uma aposta Pois muitos vão lhe testemunhar Tanta fratura que deixa a doutora louca É pino até no céu da boca
Tu cansa só de tentar contar Eu quero é ver o oco É pedir muito uma enfermeira Vir me ajudar Eu quero é ver o oco Uma enfermeira gente boa Vem me medicar Eu quero é ver o oco
Compositores: Jose Henrique Campos Pereira (Canisso) (ABRAMUS), Rodolfo Leite Goncalves de Abrantes (Rodox) (ABRAMUS), Rodrigo Aguiar Madeira Campos (Digao) (ABRAMUS)Editor: Warner (UBC)Publicado em 2017 (16/Jan)ECAD verificado obra #4081 e fonograma #13875581 em 13/Abr/2024 com dados da UBEM