?Pequena, mas de talento, De nobre estirpe pampeana, Fidalga, xucra, haragana, Solta de patas ao vento! Se aportou neste rincão Pra nunca mais ir embora E se soltou campo à fora Velha GAITA DE BOTÃO?!
Solita que veio ao mundo, Atrevida e roncadeira Com um sonido profundo Ultrapassando fronteiras... Veio lá do estrangeiro Cortando mares ao meio E fez morada no seio Do meu pago missioneiro! Minha gaita de botão: ?Verdulera? ou Botoneira, Oito Baixos, Roncadeira, Parceira do coração! Por muitos anos terrunha: Nos braços do Malaquias, Eurides, do Tio Bilia E do mestre Dedé Cunha! Se aquerenciou nos galpões, Querido traste andarengo. Já fez dançar até rengo, Já embalou corações. Perdurou por gerações E já foi quase esquecida, Hoje, além de preferida, É a rainha dos salões!
Ganhou a notoriedade E o respeito nas bailantas. Encheu de felicidade O coração das percantas. Perambulou como tantas, Derrubou mil preconceitos E conquistou seu direito De mais baguala da pampa!
Compositor: Orides Ivo Correa de Souza (Amigo Souza) ECAD: Obra #3251531 Fonograma #2468635