Raone
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Gaúcho Campesino

Raone


O meu chapéu empinado, pra enxergar mais horizontes
Deste pampa iluminado, onde eu bebo em suas fontes
Um par de botas surradas, de espinho e de pedregulho
Um trinta bem carregado, que é fazedor de barulho

A carneadeira lambendo, aparadeira de osso
Um colorado abanando, no tronco do meu pescoço
O mango de lonca forte, conselheiro dos ventenas
E ?nos garrão? de bom porte, o aço puro das chilenas

Sou gaúcho campesino, descendente missioneiro
Que reponto meu destino, sendo amigo e bom parceiro
Um gáudio de bom tamanho, no sabor da tradição
E o rio grande de antanho, me palpita o coração

O meu laço doze braças, trançado bem a preceito
Quando serra numa armada, lhes confesso é um respeito
Meu potro forte e garboso, mais crioulo da manada
E o meu cusco prestimoso, um guerreio nas quarteadas

Pode parecer tão pouco, mas eu me sinto contente
Pelo rancho e meu galpão, e este campo verdejante
A prenda e a criação, amizade abundante
E muita disposição, pra tocar a vida a diante

Compositores: Francisco de Assis Lopes Espenosse (Francisco Espenosse), Joao Carlos Oliveira Antunes (Joao Antunes), Ivanor Vilibaldo Wildner (Ivanor Wildner), Fabian Raone Wildner (Raone)
ECAD: Obra #6698330

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