Fora do cartão postal É a fome que decide Seu Mc favorito Sempre atrás de money e bitch Nada disso é pessoal Mas pra vocês nós nem existe Não quero sentar na mesa Então fica olhando e assiste A guerra não acabou Macunaíma, filme de terror Suja de sangue, pronta pra matar Senhor de engenho, ódio e rancor Não te pedi por favor Bandeira branca não é da minha cor Me nega afeto, não morri de medo Na sombra da morte, Cristo me abraçou Brasil Quarto de despejo Onde o filho chora sozinho no enredo Corpo encardido, finge que não viu 80 tiros, pistola e fuzil Mesmo que não queira, tu vai me ouvir Ouve meu som, sabe de onde eu vim Bruxa do norte, mulata é o caralho Nega drama, porra, dona disso aqui Bala na cara dos covardes Bala na cara dos covardes Sua cabeça tá na minha mira 500 anos pronta pro abate Bala na cara dos covardes Bala na cara dos covardes Sabe que quando nós tá no jogo É pouca emoção, muita verdade
Tô nessa fita, faz uma cota Direto das ruas mais quentes, nigga Conta bancária nós nunca teve Na mente eu guardo o sonho de vitória Esforço sem fazer economia Poupança dela me interessa Eu só tive pressa pra fugir dos homi Eu tô tranquilão, tô portando erva Deixei as peças, é caminho sem volta Volta, volta, volta a fita Se um dia eu fui sombra, hoje somos um Sol Que invade celas, ilumina vidas Meu canto é o som que incendeia a reolta Volta, volta, ó que fita Quase botaram um ponto final na minha história Páginas da vida Eu tenho cês tudo na minha lista Tocando na pista, traga whisky Fogo nos racistas, é pouco papo Quero que me traga o filho do ex-presidente Põe no ringue Vou jogar na preta uma bolsa da Gucci Jaqueta da Prada, um anel de ouro puro Sem taxa de câmbio, é mandar minha grana Pras ilhas Cayman, pra viver só de lucro Deixar meu sorriso valendo o dobro do que esse teu Choro pra me pagar a vista Mesmo que eu saiba que isso não me safa De abordagem de rotina Já tô cansado de achar que é rotina Preto alvejado por armas dos tiras Preto invocado demais pro teu quintal, leão Essa selva é minha, hey Pensa duas vezes, melhor não vir não Minhas damas são bem mais selvagens que o teu bando Pensa duas vezes, melhor não vir não Minhas damas são bem mais selvagens que o teu bando
Se vocês são leões, eu sou guerreiro maasai Onde matam por cifrões, eu não morro por mais Tomando coroa de volta Mostrando que nunca se perderá a classe Tô acostumado com carne, filho Não me ofereça alface Me ofereça folhas raras Existem palavras que parecem um tapa na cara Tó mais um tapa na cara Tu fica no banco, não sabe o que fala Ideias tão raras fazem tanta sala Eu tento explicar e cê desacredita Depois de uns versos me acha rebelde Mas eu tenho causa, ninguém tá moscando Deboche tosco nós chega arrastando Torço pro progresso de quem tá correndo Independente de pele e da origem Mas o emocionado se entrega ao momento Pode pá que nesse se aplica a vertigem Racismo reverso vem mamar meu Papo louco de pensamento Eu sei que pra isso não existe rédea E que o julgamento vem no movimento Tiraram a graça da peita amarela Crime, boato e fake news Enquanto isso um dos meus cai no gueto Só que isso cê não viu Outra geração pra mudar essa história Cobrar esses babaca e recobrar a memória Síndrome de Monark Já disse a Nic, teu remédio é ratatatá
Compositores: Julio Cesar Correa Farias (Zudizilla), Lucas Borges de Souza (808 Luke), Nicole da Silva Dias (Nic Dias), Gustavo Nascimento Pereira ECAD: Obra #45470171 Fonograma #53774716