Nascemos e crescemos ouvindo um monte de groselha Que até hoje muito disso a gente carrega Um monte de conceito torto sobre o que é a vida E como você deve se comportar nela
São tantas crenças, tantos mitos, são tantas histórias Que te ensinam todo dia E quando você para e pensa o quanto isso pesa Você se pergunta o quanto isso ainda te guia
De como dar o primeiro, o segundo e todo o resto dos seus passos E que nenhum deles te levou a nada Conceitos quadrados castrando na surdina o seu arbítrio de ser livre E ditar a sua caminhada
Até que veja o seu fim diante dos seus olhos E que essa guerra que você luta nunca foi a sua E bota a cara na chuva e o coração no jogo Porque agora tudo recomeça e essa batalha é só tua
Vim dizer Eu vou vencer Vou correr atrás de tudo aquilo que sonhei em ser Se esse caminho é só meu Vou abrir os braços e abraçar Ninguém pode me derrubar
Eu não nasci em berço de ouro, nem prata e nem bronze Mesmo depois de tanto jogar esse jogo não tenho como gritar doze Quando não se tem escolha a não ser lutar Você não pode se dar o luxo de um caminho optar
E isso atrasa meu sonho, torna a vista do horizonte turva Por não saber qual momento fazer a curva Por ter medo que o sagrado se torne só mais um elemento Mais uma fita obrigatória, somente mais um mandamento
Hoje através da arte eu não sou só mais um Eu sou um ser único e não tem um arrombado que pode dizer que não sou Isso é minha vida desde antes de eu a pensar que tenho que ser Fazer, falar, ouvir e só então eu ser alguém
De aprender onde parar de ouvir pra começar a falar Quando parar de abaixar a cabeça e contestar Mas quando eu me levantar com sangue nos zóio pra lutar Vocês vão me ouvir gritar
Vim dizer Eu vou vencer Vou correr atrás de tudo aquilo que sonhei em ser Se esse caminho é só meu Vou abrir os braços e abraçar Ninguém pode me derrubar
Hoje a batalha que eu travo hoje é só minha De aprender a sorrir, conquistar, vencer e se manter na linha Olhar pra trás e com sabedoria enxergar o que fortaleceu E correr grato com o que aprendeu
E colocar a cabeça no lugar, pro caminho clarear Quando acontecer eu vou buscar Ser ouvido como eu sonhava em ser quando gravava nos K7 Os beatbox nas ideia dos pivete
E quando os ventos do sucesso soprarem por mim Vão ver que o muleke que sonhou hoje em paz pode sorrir E dessa vez não é porque deu orgulho a ninguém Mas porque no seu caminho se achou e viu o quanto lhe faz bem
Diego, Seako, não esqueci. Uma fábrica de música aos 6 anos de idade Samuka, o primeiro eterno a ir embora Will, Hugão, Zorel. Os mano que fizeram a caminhada se tornar real Jeffinho da leste, Ju Gaia, Fanny, com vocês eu reaprendi a andar Shaka, Erso, Guto, Rafa, com vocês eu renasci Contralma, sempre estarão aqui!
Compositor: Raphael Pereira da Silva (Rappa Nui) ECAD: Obra #32882236 Fonograma #36253766