Todo dia a 5 da manhã começa tudo de novo Todo dia às 5 da manhã desperta meu povo Suburbano, suburbano, suburbano Suburbano, suburbano, suburbano
Acorda meu amigo, pois já chegou a hora A hora da batalha, simbora E da a caminhada até a estação Com trem lotado e a marmita na mão Olha o ambulante vendendo seus produtos Paga 2 leva 3 e não se fala mais no assunto Desce daí moleque vc vai de machucar Surfista de trem ofice-boy vai trabalhar Jah que ilumine o seu dia a dia Pois Jah ilumine o povo da periferia
Todo dia a 5 da manhã começa tudo de novo Todo dia às 5 da manhã desperta meu povo Suburbano, suburbano, suburbano Suburbano, suburbano, suburbano
5 da manhã tudo começa é um novo dia Deus que ilumine a periferia Gente saindo pro trabalho nóia indo dormir Noite e dia contrastes se liga aí A garotada acordando pra ir para a escola E vai saindo pra treinar o mano que joga bola Percebo que a preta velha vai fazer café E hoje ela canta Gil, anda com fé E é na fé que eu vou, é hora de levantar Mais uma jornada, vai nego trabalhar Correr atrás do prejuízo pra sobreviver Nessa terra que o pobre já perdeu Eu vou até a padaria buscar pão e o leite Fico sabendo que à noite morreu um caguete Episódio ruim, é infelizmente Mas quem mandou caguetar, problema dele Na banca de jornal vejo as novas do dia O dólar que subiu, o pai que matou a filha No boteco a conversa sobre futebol E a eterna briga se foi pênalti ou não Penso um número pra apostar no jogo do bicho Quem sabe levo uma sorte e levanto um níquel Fico sabendo que a polícia já ta pela área Coletando informações sobre a noite passada Mas se perguntar pra mim, digo não sei de nada Eu sou sossegado, sou da rapaziada Eu nada vi, eu nada sei, eu nada falo, aí Pra esses tipos de conversa eu me calo, eu vou Eu vou contar o que acontece ce na minha quebrada Se liga na parada Vou contar o que acontece na minha quebrada Zona sul de São Paulo essa é minha área Eu vou contar o que acontece ce na minha quebrada Se liga na parada Vou contar o que acontece na minha quebrada A zona sul é assim
Ouviram do Ipiranga é o que diz a história Em minhas rimas, meu livro de memória De um lado o asfalto, do outro o chão de terra Conheço os bairro, conheço a favela Eu to ligado o que acontece por lá Vacilou já era então ratatá To sossegado passo reto fujo do perigo A minha cara é ir para casa, o melhor abrigo To sem dinheiro mas batalho com honestidade Educação e consciência minha malandragem Pedindo a Deus pra iluminar a minha caminhada Olhando pelas minas, pela rapaziada Minha quebrada, minha casa nunca esquecerei Ali é meu lugar, ali me sinto bem O lugar onde eu sempre serei só mais um mano Rappin Hood é o suburbado aí Eu sou sossegado, sou da rapaziada Eu nada vi, eu nada sei, eu nada falo, aí Pra esses tipos de conversa eu me calo, eu vou Eu vou contar o que acontece ce na minha quebrada Se liga na parada Vou contar o que acontece na minha quebrada Zona sul de São Paulo essa é minha área Eu vou contar o que acontece ce na minha quebrada Se liga na parada Vou contar o que acontece na minha quebrada A zona sul é assim aqui estou em casa É, minha quebrada, minha casa Um salve pras minas, um salve pra rapaziada Rappin Hood na área Suburbano sangue bom Sempre naquela humildade Suburbano Sujeito Homem........
Compositor: Antonio Luiz Junior (Rappin Hood) ECAD: Obra #13307352 Fonograma #34442218